Empresa com histórico controverso assumirá gestão do PS e UTI do HSPM

O governo Ricardo Nunes/Luiz Zamarco, com respaldo da superintendente Elisabete Micheletti, está prestes a entregar os setores cruciais do Pronto-Socorro Adulto, Infantil e Ginecológico, bem como as UTIs e o ambulatório de especialidades do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM) para administração da empresa Equipe Assistência Médica Ltda. A decisão tem gerado polêmica devido ao histórico questionável da empresa.

Denúncias recentes revelam que a Equipe Assistência Médica Ltda, liderada pelo médico e empresário Daoud Mohd Khamis Jaber Abdallah, enfrentou acusações graves durante a pandemia. Um hospital sob sua gestão na cidade de Sinop, no Mato Grosso do Sul, foi alvo de denúncias alarmantes. Trabalhadores do Hospital do Servidor Público Municipal levaram suas preocupações à direção do Sindsep, evidenciando uma situação preocupante.

Segundo informações apuradas, durante o período crítico da pandemia, houve relatos de 100% de mortalidade em pacientes sob os cuidados da referida empresa. Essa revelação suscita preocupações significativas sobre a capacidade e competência da Equipe Assistência Médica Ltda para administrar unidades de saúde vitais, como as que serão agora entregues pelo governo municipal.

Diante dessas revelações, a decisão do governo municipal de São Paulo tem sido questionada e criticada por diversos setores da sociedade civil e profissionais da saúde. Afinal, confiar a gestão de unidades essenciais de saúde a uma empresa com histórico tão controverso levanta dúvidas sobre os critérios de seleção e priorização estabelecidos pelas autoridades responsáveis.

É fundamental que as autoridades competentes revisem cuidadosamente essa decisão, levando em consideração não apenas questões financeiras, mas, acima de tudo, a segurança e o bem-estar dos pacientes e profissionais de saúde envolvidos. Afinal, a saúde pública é um direito fundamental e não pode ser negligenciada em prol de interesses duvidosos.