Educação em crise: Alunos de Maringá dão o sinal de alerta contra privatização e desvalorização dos professores
O grito de “Educação Pública de Qualidade” ecoou pelos corredores do Colégio Branca da Mota Fernandes, em Maringá, dando início a um movimento que promete sacudir o Paraná. Alunos, cansados da crescente privatização da educação e da desvalorização dos professores, se uniram em uma manifestação contundente, expressando sua indignação com as políticas do governo estadual.
A situação em Maringá reflete um problema que se alastra pelo Paraná: a privatização desenfreada da educação. Já são 18 escolas que tiveram seus serviços transferidos para a iniciativa privada, um processo que levanta sérias preocupações sobre a qualidade do ensino e o futuro da educação pública no estado. Enquanto isso, os professores e funcionários da rede pública enfrentam um cenário de desvalorização salarial, com perdas de quase 50% nos últimos anos.
A justificativa da Secretária de Educação e do Esporte para a falta de reajuste salarial é a alegada incapacidade financeira da pasta. Mas, será que essa justificativa se sustenta diante da intenção do governo de terceirizara educação? Essa é a pergunta que ecoa entre os professores e alunos, e que gera uma desconfiança generalizada sobre as reais intenções do governo.
A manifestação em Maringá, organizada pelos próprios alunos, é um sinal claro da crescente insatisfação com as políticas educacionais do governo Ratinho Jr. O movimento que se inicia nos colégios do estado, unindo alunos, professores e funcionários de escolas estaduais (QPM e PSS) em um único objetivo, promete ser um dos maiores desafios para o governo do Paraná.
Em resposta à mobilização crescente, o Secretário Estadual da Educação, Roni Miranda, marcou uma live para o dia 28, às 18 horas, com o objetivo de convencer os professores a desistirem da luta contra a privatização. Mas será que uma conversa virtual será suficiente para apaziguar a revolta de quem luta por uma educação pública de qualidade, justa e valorizada?
A história da educação no Paraná é marcada por centros de ensino com mais de 50 anos de tradição, que hoje enfrentam restrições de matrículas nos cursos técnicos subsequentes ao ensino médio – uma situação que gera um grave prejuízo para o futuro dos jovens e para o desenvolvimento do estado.
A manifestação dos alunos de Maringá é apenas o início de um movimento que promete ser longo e intenso. É fundamental que a sociedade se junte à luta por uma educação pública de qualidade no Paraná, exigindo do governo respostas concretas para as demandas dos professores, alunos e funcionários da rede pública. A educação é o alicerce do desenvolvimento e merec ser priorizada e valorizada pelo governo e por todos nós.