Diabetes e Carboidratos: requer equilíbrio além do açúcar

Alimentação balanceada é fundamental para o manejo do diabetes

Uma dieta diversificada e equilibrada é capaz de atender às necessidades de vitaminas, minerais e fibras para o bom funcionamento do organismo. Ao incluirmos mais alimentos in natura e minimamente processados estamos apostando em comida de verdade e garantindo mais saúde. São as frutas, verduras, os legumes e o arroz com feijão que figuram entre os prediletos no prato dos brasileiros que fazem a diferença na hora de se alimentar bem.

Você já deve ter escutado a frase “descasque mais e desembale menos”. Ela sugere evitar o consumo daqueles alimentos ultraprocessados, como bolachas, salgadinhos de pacote, refrigerantes e bebidas adoçadas, macarrão instantâneo, biscoitos recheados, entre outros. A formulação e a apresentação desses produtos incentivam o consumo em excesso e o ato de comer sem atenção, por isso é importante ter muita cautela na hora de inseri-los no seu dia a dia.

Essas recomendações também valem para quem tem diabetes, pois elas podem e devem consumir nutrientes de todos os grupos alimentares, mas de maneira equilibrada. A dica é aprender a adequar a quantia e fazer boas combinações para evitar que a glicose (açúcar) fique alta na corrente sanguínea. Mas para isso não basta apenas evitar os alimentos açucarados, é preciso observar o que é consumido de carboidrato para evitar picos glicêmicos.

Para a nutricionista Mariana Pereira, consultora da Glic, é muito importante que as pessoas com diabetes aprendam a ler o rótulo dos alimentos, com atenção para a presença de açúcar, e realizem a contagem de carboidratos. “Muitas vezes, o açúcar pode estar presente em alguns produtos como pães e derivados, mas com outro nome, a exemplo de sacarose, frutose, maltodextrina, xarope de milho ou malte ou açúcar invertido, o que pode gerar um pico glicêmico mais acentuado, mesmo contando carboidratos”, ressalta.

No caso da contagem dos carboidratos, a técnica foi desenvolvida para ampliar a qualidade de vida dos pacientes com diabetes, especialmente do tipo 1, mas que também pode ser usada por pacientes do tipo 2. “Quando contamos os carboidratos ingeridos durante as refeições, aumentamos as opções de alimentos a serem consumidos e promovemos equilíbrio entre a glicemia, a quantidade de carboidratos e a de insulina. Essa técnica também aumenta o engajamento ao tratamento por trazer mais liberdade nas escolhas alimentares, podendo o paciente comer o que faz parte de seu contexto, preferências e possibilidades”, afirma Mariana.

Mais usado por quem tem diabetes tipo 1, Mody ou Lada, o app Glic disponibiliza extensa tabela nutricional com mais de 4.500 alimentos, permitindo a contagem de carboidratos, outros macronutrientes e calorias. Funciona como uma calculadora de bolus, opção gratuita em relação às demais existentes no mercado, e determina a dose de insulina a ser aplicada com base nas informações fornecidas após o usuário inserir os alimentos ingeridos.

Os usuários cadastrados no Glic e que precisam fazer o manejo do diabetes consomem alimentos comuns no dia a dia, a exemplo de pão francês e de forma integral, pão de queijo, café com leite ou café puro com ou sem açúcar, ovos mexidos, vários tipos de queijos e requeijão, além de frutas como banana no café da manhã. No almoço e no jantar, os campeões são o arroz com feijão, saladas de alface e tomate, carne moída, filé de frango grelhado, ovos fritos ou cozidos e legumes como batata, cenoura e brócolis cozidos. Entre os top 15 alimentos consumidos no lanche da tarde estão novamente o pão francês ou de forma integral, o pão de queijo, café com leite, café puro, frutas como maçã e banana e pipoca.

De acordo com Mariana, esses alimentos consumidos mostram que os usuários da Glic mantêm uma boa alimentação, consumindo carboidratos, que se transformam em glicose em nosso corpo, fornecendo energia para as atividades do dia a dia; proteínas de fontes animais ou vegetais, que têm o papel de construir e estruturar as células; e as gorduras, que desempenham funções energéticas, síntese de hormônios e transporte de minerais e vitaminas. Por isso, não é recomendável eliminar um desses grupos, mas, sim, consumi-los na quantidade adequada e individualizar a distribuição destes nutrientes na dieta, de acordo com a necessidade de cada um.

Para Claudia Labate, fundadora da Glic, o acesso à informação e o suporte efetivo quanto à contagem de carboidratos são elementos essenciais para promover o bem-estar e manejo da diabetes. “A plataforma Glic oferece todas as suas funcionalidades de forma gratuita, reafirmando o compromisso em transformar a realidade do diabetes no Brasil, ao fornecer soluções acessíveis, humanizadoras e de excelência para a população”, destaca.

Os usuários e profissionais da área de saúde que utilizam a plataforma Glic também têm acesso a um relatório atualizado e embasado em inteligência de dados. Atualmente, a plataforma conta com médicos cadastrados, em sua maioria endocrinologistas e nutricionistas, que utilizam o aplicativo para consultar as informações de seus pacientes e fornecer orientações de tratamento com maior precisão.

Sobre a Glic

Lançada em 2015, a plataforma Glic já conta com 250 mil usuários espalhados em todo o país. É o primeiro aplicativo para diabetes e manejo de glicemia do Brasil desenvolvido para auxiliar a rotina de cuidados com o diabetes através de diversas funcionalidades como consulta e registro de carboidratos, cálculo de dose de insulina, lembretes de medicamentos e registro de glicemia. Além de participar do dia a dia de quem tem diabetes e seus cuidadores, ele se conecta com a equipe médica em tempo real, através de um prontuário eletrônico, permitindo decisões mais esclarecidas para o tratamento do diabetes.


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