Dia do Professor: cresce a procura pelo curso de Pedagogia
Docente da Universidade Cruzeiro do Sul reforça a importância da formação que atua na educação desde os primeiros anos de vida e que está em alta na plataforma do Pravaler; crescimento ultrapassa 60% em 2023
Em comemoração ao Dia Nacional do Professor, celebrado no próximo domingo, 15 de outubro, o Pravaler, principal plataforma de acesso e soluções para o ecossistema de educação do país, levantou dados a respeito da procura do curso de Pedagogia por quem deseja iniciar a graduação por meio do financiamento estudantil privado. Somente no primeiro semestre de 2023, houve um crescimento de 66,2% nas buscas pela formação na plataforma, comparado ao mesmo período do ano anterior, o que mostra uma perspectiva positiva para quem almeja seguir a carreira como pedagogo.
Apesar da existência de alguns desafios tanto para cursos de Pedagogia quanto para os de Licenciatura, como mostra o Censo da Educação Superior 2022, divulgado na última terça-feira (10), o aumento da procura pela graduação em universidades particulares que oferecem o curso por meio da edfintech pode ser animador para todo o mercado educacional, de acordo com Luciene Ap. Felipe Siccherino, coordenadora do curso de Pós-Graduação em Educação Infantil, conhecimento, aprendizagem e desenvolvimento e Neurociência Cognitiva e Alfabetização da Universidade Cruzeiro do Sul, uma das mais de 500 instituições de ensino superior parceiras do Pravaler.
“Existem diversos desafios para a carreira como pedagogo, pois este profissional precisa de especializações constantes para acompanhar as mudanças da sociedade, mas temos possibilidades possíveis. Uma amostra com 95% dos alunos de graduação no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade/2021) responderam que pretendem seguir a profissão de educador após a conclusão do curso e 89% conseguem se ver atuando na área no prazo de cinco anos”, destaca a professora.
Segundo a docente, atualmente, a educação se preocupa com a visão de um ensino voltado ao desenvolvimento integral da criança, incluindo habilidades e competências necessárias a essa formação. Por isso, é imprescindível que o pedagogo considere se atualizar constantemente nas formas de avaliação e métodos de ensino. “Levando em consideração os aspectos físicos, cognitivos, motores e sociais de uma criança, a formação base de um pedagogo deve ser ancorada em perfis de professores universitários e intelectuais. Dessa forma, ele processa o saber oriundo das pesquisas e pensamentos, além de compartilhar experiências da área, o que torna o processo mais dinâmico em sala de aula. Com isso, esse profissional tem uma visão mais ampla do progresso para que o país possa receber profissionais cada vez mais preparados para lidar com as demandas contemporâneas”.
A coordenadora do curso de Pós-Graduação em Educação Infantil da Universidade Cruzeiro do Sul destaca que a abordagem pedagógica que, anteriormente era mais voltada ao aprendizado de conteúdos escolares, hoje, tem uma nova abordagem: “questões como o desenvolvimento da autonomia, da criatividade, as competências socioemocionais são fortemente consideradas, de modo que a escola deve trabalhar com a pluralidade desse aprendiz desde a mais tenra idade”.
Em setembro de 2022, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertou que somente um terço das crianças de até 10 anos são capazes de ler e entender uma história simples. No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, 6,7% da população não era alfabetizada, indicando que uma alta parcela dos brasileiros não teve acesso a uma das etapas mais importantes da educação na primeira infância, prejudicando sua aprendizagem no restante de suas vidas.
“É indiscutível a importância da formação ideal do pedagogo, devido ao seu impacto na vida de todos. Os desafios estão postos, mas recentemente vimos transformações para que a carreira fique mais atrativa, como a melhoria das condições de trabalho dos professores e campanhas alertando para o papel essencial desse profissional tanto para a formação do indivíduo, quanto para o desenvolvimento socioeconômico, social e educacional do Brasil”, finaliza Luciene.