Deputados estaduais do Paraná abandonam Alep em busca de prefeituras: disputa acirrada em Curitiba e alianças suspeitas em Maringá

A corrida eleitoral para as prefeituras do Paraná esquenta, e, entre os 54 deputados estaduais que compõem a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), onze decidiram deixar temporariamente suas cadeiras para disputar o cargo de prefeito em suas bases eleitorais. A movimentação é vista como uma tentativa de consolidar o poder local, mas também levanta questionamentos sobre as prioridades desses parlamentares.

Entre os nomes que se lançaram na disputa estão Ney Leprevost (UB), Maria Victoria (PP), Marcio Pacheco (PP), Mabel Canto (PSDB), Marcelo Rangel (PSD), Tercílio Turini (MDB), Tiago Amaral (PSD), Douglas Fabrício (CDN), Marcel Micheletto (PL), Dr. Antenor (PT) e Goura Nataraj (PDT). Desses, apenas Goura optou por uma candidatura a vice, compondo chapa com Luciano Ducci (PSB) na Frente Progressista de Esquerda, que une PSB, Federação Brasil da Esperança (PCdoB/PT/PV) e PDT.

Curitiba: A Batalha Pelo Trono Municipal

A disputa pela prefeitura de Curitiba promete ser acirrada, com três deputados estaduais disputando o cargo máximo do executivo municipal, mas apenas uma vaga em jogo. Ney Leprevost, Maria Victoria e Goura Nataraj são os nomes na disputa, e cada um carrega consigo um histórico e uma base eleitoral distinta, o que promete uma campanha com embates intensos.

Leprevost, que já foi secretário de Estado e é uma figura conhecida na capital, busca capitalizar sua experiência no executivo estadual. Maria Victoria, herdeira política do ex-ministro Ricardo Barros, aposta na força do clã familiar e no apoio das elites locais. Goura, por sua vez, se alia à esquerda, compondo com Luciano Ducci em uma chapa que tenta conquistar o eleitorado progressista da capital.

Londrina e Ponta Grossa: Dois Candidatos, Uma Vitória

Nas cidades de Londrina e Ponta Grossa, a situação é semelhante, com dois deputados estaduais em cada local tentando assumir o controle das prefeituras. A expectativa é que essas disputas polarizem as campanhas, com os eleitores tendo que escolher entre dois projetos políticos diferentes, ambos representados por figuras que já possuem influência na Assembleia Legislativa.

Maringá: O Silêncio dos Parlamentares e a Sombra das Alianças

Um dos pontos mais curiosos dessa corrida eleitoral é a ausência de candidaturas dos três deputados estaduais de Maringá. Nenhum deles se lançou na disputa pela prefeitura, o que gerou especulações sobre acordos nos bastidores. Fontes locais sugerem que esses parlamentares preferiram não arriscar suas posições na Alep e optaram por composições com grupos de direita, garantindo apoio caso esses grupos vençam a eleição municipal. Essa postura levantou críticas entre os eleitores, que veem a manobra como uma fuga do embate democrático e uma aposta em acordos obscuros.

O que está em jogo?

Para além das disputas locais, o que se observa é uma movimentação estratégica desses deputados que buscam, através do poder municipal, fortalecer suas bases e se consolidar como lideranças regionais. No entanto, a corrida pelas prefeituras do Paraná também levanta questões sobre a responsabilidade desses parlamentares em relação ao mandato para o qual foram eleitos e sobre a verdadeira motivação por trás dessas candidaturas.

Com as eleições se aproximando, o cenário se torna cada vez mais complexo e os eleitores terão que ficar atentos aos movimentos e alianças formadas nos bastidores, que podem definir o futuro político do estado nos próximos anos.


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