22 de setembro de 2024

Cotas de Gênero: A Revolução Inacabada

O Brasil, terra de samba, futebol e Carnaval, também é palco de uma batalha silenciosa e persistente: a busca pela igualdade de gênero na política. Hoje, completamos 27 anos desde a criação das cotas de gênero e 15 anos desde que se tornaram obrigatórias. Mas será que avançamos o suficiente?

As cotas de gênero surgiram como um farol de esperança, prometendo iluminar o caminho para uma representação mais justa e equilibrada. Afinal, não basta apenas lançar candidaturas femininas; é preciso que essas mulheres ocupem efetivamente as cadeiras do poder legislativo. E a realidade, meus caros leitores, é que ainda estamos longe do ideal.

As cotas trouxeram mudanças positivas. A população passou a enxergar com outros olhos a importância da presença feminina nas eleições. Mas, como diz a renomada cientista política Tathiana Chicarino, professora da Escola de Sociologia e Política (FESPSP), não podemos nos contentar com migalhas. A luta não é apenas por candidaturas; é pela voz, pelo poder de decisão, pela mudança real.

O Desafio da Equidade

As mulheres são mais da metade da população brasileira. No entanto, quando olhamos para o Congresso Nacional, vemos um cenário desequilibrado. As cadeiras ainda são predominantemente ocupadas por homens. E não, não é porque as mulheres não têm competência ou vontade. É porque o sistema político ainda é um terreno hostil, onde as barreiras invisíveis persistem.

A resposta está em nossas mãos. Precisamos avançar. É hora de ampliar as cotas, de incentivar a participação feminina, de educar para a igualdade. Não podemos mais aceitar que as mulheres sejam apenas coadjuvantes nesse grande espetáculo chamado democracia.

Nas próximas eleições municipais, lembrem-se: não basta votar em mulheres. É preciso votar em mulheres preparadas, comprometidas e apaixonadas por fazer a diferença. Afinal, a política não é um jogo de tronos; é um jogo de vozes, de ideias, de transformação.

Mulheres, ocupem os espaços! Homens, apoiem essa revolução!1

1: Fonte: Escola de Sociologia e Política (FESPSP)

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