Como garantir acesso aos cursos técnicos e profissionalizantes por meio do crédito estudantil?

André Dratovsky, especialista na área, explica quais os benefícios do crédito e como ele pode ser usado para a ampliação da empregabilidade e da qualificação técnica no Brasil

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A ampliação da oferta de cursos técnicos e profissionalizantes está na pauta das Comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e da Educação e Cultura (CE) do Senado. O debate de políticas e de perspectivas para a ampliação da oferta desses cursos segue em andamento na casa legislativa.

Dados do relatório Education at a Glance apontam que no Brasil, apenas 9% dos formandos do Ensino Médio recebem formação profissional, e nos países da Europa como Áustria, Reino Unido e Suíça, o índice ultrapassa os 60%.

André Dratovsky, CEO da Elleve, fintech de crédito estudantil que impulsiona carreiras de alunos por todo país, explica que a baixa adesão dos cursos profissionalizantes no Brasil pode estar relacionada com a alta taxa de desemprego.

“Culturalmente no Brasil, percebemos uma adesão maior dos jovens aos cursos universitários que dão retorno financeiro e que tenham reconhecimento social, especialmente aos que pertencem às classes C, D e E. Como o mercado é dinâmico, muitas vezes, a área escolhida pelo estudante pode vir a apresentar mudanças significativas e, ao concluir a formação de graduação, não há garantias de empregabilidade. Diferentemente deste cenário, os cursos profissionalizantes têm curta duração e empregam com mais facilidade, sanando duas importantes questões: adesão ao mercado de trabalho e conhecimento aplicado”, explica André.

O especialista discorre ainda sobre a importância do tema ganhar destaque no cenário nacional. “As discussões políticas permitem que a pauta sobre os cursos profissionalizantes no Brasil se torne mais popular, trazendo à luz propostas que sejam aceitas e mudem significativamente o cenário no qual a educação profissional está inserida”, afirma.

No entanto, em alguns casos arcar com um curso profissionalizante ainda é inviável. Por isso, nos últimos anos, soluções de crédito para instituições privadas vêm sendo criadas, como o próprio crédito estudantil. O serviço permite que os alunos interessados financiem o custo do curso escolhido, efetuando o pagamento em parcelas de baixo valor durante os estudos ou posteriormente, após finalizar a formação.

De acordo com André, essa alternativa pode oferecer benefícios no curto prazo relacionados à empregabilidade. “O crédito educacional é uma ferramenta de acesso aos cursos profissionalizantes e possibilita aos estudantes estabilidade financeira e suporte durante a realização do curso. Com a oferta de crédito, mais estudantes se qualificam e conquistam vagas de trabalho, o que eleva a empregabilidade e permite que essas pessoas desenvolvam habilidades e competências para assumir posições nas mais variadas áreas”, acrescenta o CEO. 

A partir dessa relação, o crédito estudantil vem se tornando uma ferramenta cada vez mais importante para as escolas, possibilitando que as instituições de ensino ofereçam uma formação de qualidade para um maior número de pessoas e contribuindo com o mercado de trabalho. Em um contraponto, o executivo destaca quais os benefícios que o crédito pode gerar para as instituições privadas.

O processo para adquirir o crédito funciona da seguinte maneira: as escolas que possuem essa forma de pagamento indicam aos estudantes e preenchem a proposta da concessão do crédito estudantil. Com a proposta aprovada, o aluno faz o envio da documentação necessária que passa por uma avaliação documental. Para finalizar, é realizada a assinatura do contrato e o pagamento do valor da entrada.

“As escolas que oferecem o crédito estudantil conquistam mais estudantes matriculados por flexibilizar o acesso aos cursos oferecidos. Elas também passam a ter acesso aos recebíveis com antecedência, fator que permite um planejamento financeiro e garantia do risco da inadimplência. Os créditos são tomados por meio das suas próprias vendas, fugindo das taxas abusivas do mercado”, explica André.

Diante disso, a expectativa é que a oferta de crédito estudantil nas instituições privadas tenha um aumento considerável, sendo ofertada aos estudantes como uma forma de pagamento acessível, que pode os ajudar a ingressar na educação profissional e conquistar seu espaço no mercado de trabalho.

Sobre a Elleve  – Fundada em 2020, a Elleve é uma fintech de crédito estudantil que impulsiona carreiras de alunos por todo país, por meio das parcerias com escolas profissionalizantes. Desde a sua fundação, a instituição já reuniu mais de 350 escolas parceiras, impactando e transformando a vida de mais de 50 mil alunos. Para as instituições de ensino profissionalizante, de cursos livres ou regulados, a fintech contribui com o fluxo de caixa, matrículas e redução do nível de evasão, ao mesmo tempo em que assume o risco de inadimplência mediante à uma análise inteligente. Aos estudantes, oferece o acesso à educação baseado no potencial de renda futura, gerando impacto e transformação social no curto e médio prazo, facilitando o acesso à capacitação profissional.


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