Combate à dengue: cuidar da saúde, evitar automedicação e combater criadouros do mosquito são condutas fundamentais

Em casos de suspeita da doença, uma opção que traz comodidade e segurança é a teleconsulta, modalidade ofertada pela Hapvida NotreDame Intermédica

Estar atento aos sintomas da dengue e evitar a presença de criadouros do Aedes aegypti, mosquito que transmite a doença, são as principais medidas que as pessoas devem tomar diante do avanço do número de casos em diversas regiões do Brasil. A orientação é de Christianne Takeda, médica infectologista da Hapvida NotreDame Intermédica. 

Nos últimos dias, o Ministério da Saúde ampliou o alerta nacional para a patologia em virtude da alta nas estatísticas. O Brasil deve registrar cerca de 4,2 milhões de casos de dengue em 2024 e, mesmo com a chegada gradual da vacinação contra a doença, é preciso combatê-la em casa e na comunidade. As ondas de calor e as fortes chuvas do verão seguem gerando preocupação em âmbitos estaduais e municipais. 

O último Informe Semanal da Dengue divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), na terça-feira (27/2) registra 12.637 novos casos da doença e mais sete mortes, totalizando agora 23 óbitos neste período epidemiológico, iniciado em julho de 2023. O documento totaliza 58.567 diagnósticos confirmados no Paraná. É o maior número de casos em um boletim do atual período epidemiológico.

Os dados acumulados desde 30 de julho totalizam 155.500 notificações de dengue, sendo 25.393 na última semana. Há ainda 37.436 casos em investigação e os descartados somam 53.519. Em comparação ao boletim anterior, houve um aumento de 19,52% nas notificações e 27,51% de novos casos confirmados, o que reforça a importância do engajamento da população na luta contra o mosquito.

“O risco de pegar dengue nesta época aumenta porque, com o acúmulo de água das chuvas, o mosquito se prolifera melhor. É preciso redobrar a atenção, sobretudo, dentro das residências e dos imóveis em geral”, introduz Takeda. 

Combate ao mosquito

“Em época de chuva, cheque se não tem, no seu quintal ou jardim, jarros e vasilhas descobertas que acumulam água. Verifique se há um ponto de escoamento para que o local não sirva de viveiro para o mosquito. Outra medida de prevenção é o uso de repelentes e a aplicação de telas nas janelas para impedir a entrada do inseto”, diz Christiane.

De acordo com a especialista, trata-se de medidas simples e muito importantes para quebrar o ciclo da dengue nas comunidades.

Manifestações possíveis 

Em caso de infecção, o indivíduo pode manifestar quatro diferentes tipos de dengue, que vão de 1 a 4. Os principais sintomas são dor no corpo, febre, cansaço, fadiga, “dor na bola do olho” e manchas vermelhas, que podem vir acompanhadas de coceiras. 

“Eventualmente, uma pessoa pode pegar todos esses tipos, pois um vírus não protege do outro. Por isso, a precaução mais importante é tentar diminuir os viveiros do mosquito”, reforça.

Dengue hemorrágica, a mais grave

Em casos mais graves, na chamada “dengue hemorrágica”, há outros tipos de sinais. Dentre eles, destacam-se sonolência, desorientação, desmaios, sensação de queda de pressão, sangramento gengival e antecipação da menstruação já durante o quadro de dengue. 

“É bom elucidar que esse tipo não é necessariamente uma dengue em que a pessoa sangra. Na verdade, há uma perda do líquido do sangue para dentro de um outro espaço, o que pode levar à morte. Então, diante desses indícios, procure um médico imediatamente”, orienta a médica.

Hidratação é importante

Entretanto, se o paciente apresentar os sintomas mais leves da doença, o cuidado mais básico que deve ser adotado é manter a hidratação. Tomar bastante água e sucos é fundamental.

Ao contrário do que parte das pessoas imagina, os sucos podem ser de frutas ácidas. “O ácido a ser evitado enquanto há a suspeita de dengue é o remédio chamado ácido acetilsalicílico, o famoso AAS, presente em tratamentos de pessoas com problemas cardíacos, por exemplo”, explica Christiane. 

A também infectologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Maria Alice, alerta para que a automedicação seja evitada. “Há medicamentos que, quando administrados à pessoa com dengue, podem prejudicar esses sintomas, como aspirinas e anti-inflamatórios. Por isso é recomendada a busca de auxílio médico, visto que o especialista que vai avaliar a gravidade da situação, prescrever uma hidratação rigorosa e diferenciada, além de indicar a medicação adequada”, complementa.

Teleconsulta 

Em casos de suspeita da doença, uma opção que traz comodidade e segurança é a teleconsulta, modalidade oferecida pela Hapvida NotreDame Intermédica, que oferta a mesma qualidade de uma consulta presencial, com a vantagem de evitar a exposição do paciente a outros tipos de patógenos.

Como evitar a proliferação do mosquito

  • Manter as garrafas vazias ou baldes virados para baixo;
  • Não deixar entulho no quintal ou nas ruas e varrer diariamente a água parada;
  • Cobrir as caixas d’água, poços ou piscinas e manter as calhas de água limpas;
  • Colocar terra ou areia nos pratos dos vasos das plantas;
  • Manter a lata de lixo devidamente tampada e descartar corretamente cascas de coco, latas de refrigerantes, copo plástico, garrafas, embalagens etc;
  • Guardar pneus em locais cobertos, longe da chuva. Faça furos na parte de baixo ou entregue no serviço de limpeza;
  • Tampar os ralos pouco usados com um plástico, jogando água sanitária no cano duas vezes por semana;
  • Diminuir o número de bebedouros de cães, gatos e passarinhos e manter o aquário limpo e fechado;
  • Colocar telas de proteção nas janelas e mosquiteiros na cama para dormir

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