Com foco na exposição de projetos de impacto regenerativo, evento da B4 reuniu cerca de 90 pessoas na terça-feira
O seminário reuniu especialistas de diversas áreas relacionadas à sustentabilidade, ESG, Finanças Regenerativas (ReFi) e outros temas envolvendo o universo da ação climática
Aconteceu na terça-feira (12) a segunda edição do evento “Ação Climática em Foco”, promovido pela B4 – primeira bolsa de ação climática do mundo – que reuniu especialistas para debater a respeito de ações relacionadas à sustentabilidade, ESG, Finanças Regenerativas e outros temas. Ao todo, cerca de 90 pessoas estiveram presentes no AYA Hub, em São Paulo, para acompanhar o seminário.
Entre os palestrantes, Odair Rodrigues, fundador e CEO da B4, esclareceu alguns indicadores da empresa apontando para o crescimento da bolsa, que desde o seu lançamento (em agosto de 2023) vem apresentando números surpreendentes. Além disso, Odair também mostrou os passos para a jornada de sustentabilidade dentro das empresas, dando destaque à necessidade de identificar a pegada de carbono por meio das ferramentas que a B4 oferece.
“Hoje uma empresa que deseja implementar ações sustentáveis que tenham um impacto positivo real no meio ambiente, precisam entender o que elas estão fazendo, para que assim criem seus projetos e iniciem suas ações. A B4 faz exatamente este trabalho de ‘pegar na mão’ dessas empresas e oferecer uma proposta de ‘caminho’ a ser seguido. Para isso existe a B4 Carbon, que oferece um relatório da pegada de carbono, e o auxílio do nosso time para que a empresa comece a adotar práticas sustentáveis e de impacto positivo”, disse o fundador da B4.
O seminário contou também com a presença de Sergio All, conselheiro de ReFi na B4, que falou da importância dos projetos de impacto regenerativo, sobretudo na “era do ESG” que estamos vivendo e que faz com que essas ações ganhem forças.
“Restaurar e revitalizar os sistemas naturais e sociais são alguns dos pilares que os projetos de impacto regenerativo têm como sustento. Isso significa que é necessário que esses projetos existem para que possamos enfrentar desafios climáticos, econômicos e sociais, e sair da teoria de que precisamos ‘mudar o mundo através das nossas ações’ para, de fato, contribuir com o meio ambiente por meio de atitudes concretas e parcerias entre empresas, governo e a pŕopria sociedade, visando colaborar com a sustentabilidade”, disse Sérgio All.
Depois de fazer um panorama geral a respeito os projetos de impacto, o conselheiro ReFi da B4 recebeu em uma “roda de conversa” dois dos fundadores da Acqua.Tis, Felipe Figueiredo e Bernardo Melo, que explicaram a respeito do propósito da Acqua.Tis em ser uma empresa que coloca em prática o conceito de projeto de impacto regenerativo.
“A gente percebeu que no mercado publicitário as campanhas de marketing seguem uma linha massiva e que acaba, de certa forma, ‘obrigando’ as pessoas a consumirem qualquer tipo de propaganda, por meio de estratégias digitais. Além disso, a maioria das empresas veem a publicidade como algo meramente comercial, sendo que ela pode dar espaço para a conscientização e até mesmo para a reflexão de uma consciência ambiental nas pessoas. Pensando nisso a Acqua.Tis surge com uma proposta inovadora aqui no Brasil, que além de distribuir água de graça para as pessoas, ainda ajuda uma ONG que leva a segurança hídrica para comunidades mais necessitadas e faz com que as empresas que adquirem esses espaços nas garrafas d’água, participem de uma ação que impacta de verdade a sociedade”, analisou Bernardo, um dos fundadores da empresa.
Após a roda de conversa, José Carlos Orosco Junior, CEO da Fortune Investment fez uma exposição a respeito da jornada de sucesso da empresa em investimentos sustentáveis, por meio da história da Fortune.
“A Fortune surgiu com a motivação de oferecer uma rentabilidade aos investidores por meio de investimentos sustentáveis, com destaque para as oportunidades do mercado de ação climática. Ou seja, nosso objetivo é tornar real o conceito de projeto de impacto positivo, fazendo com que nosso negócio, além de gerar lucro tanto para nós quanto para nossos investidores, também gere uma consciência sustentável por meio do impacto real”, disse José Carlos.
O painel seguinte foi um dos mais aguardados pelos convidados, porque contou com a presença de Antônio Augusto, presidente da Comissão de Direito Agrário da OAB, que por meio de uma roda de conversa com Odair Rodrigues, falou a respeito dos impactos da aprovação da lei da regulamentação dos créditos de carbono. A conversa se baseou em perguntas e respostas que serviram de norte para que dúvidas sobre a lei fossem sanadas.
Para fechar o seminário, Brandon Nogueira, diretor de sustentabilidade do Instituto Global trouxe a diferenciação entre ESG e sustentabilidade, apontando para os pilares desses conceitos como base para que as empresas tenham projetos que atendam às demandas sustentáveis sem que sejam Greenwashig, ou seja, que tenham impacto positivo real. Brandon encerrou sua participação apontando para o fato de que o ESG é uma oportunidade para as empresas.
A próxima edição do evento “Ação Climática em Foco” tem previsão de ocorrer no dia 14 de abril.