Câmeras corporais da PM: 88% dos paulistanos apoiam, aponta Datafolha
Uma pesquisa do Datafolha revelou que 88% dos moradores da cidade de São Paulo apoiam o uso de câmeras corporais pelos policiais militares. O levantamento, realizado em novembro de 2022, entrevistou 1.216 pessoas e mostrou que a maioria dos paulistanos acredita que os equipamentos podem ajudar a coibir a violência policial.
De acordo com a pesquisa, 80% dos entrevistados acreditam que as câmeras devem ser usadas por todos os policiais, sem exceções. Além disso, 75% dos entrevistados disseram que a medida contribuiria muito para impedir ações violentas dos maus profissionais.
Os dados do Datafolha corroboram com outras pesquisas recentes que apontam para um apoio crescente ao uso de câmeras corporais pelas forças policiais. Em 2021, uma pesquisa do Instituto Sou da Paz mostrou que 78% dos brasileiros apoiam o uso dos equipamentos.
O uso de câmeras corporais tem sido defendido por especialistas em segurança pública como uma forma de aumentar a transparência e a responsabilização da polícia. Os equipamentos podem registrar imagens e áudios das ações policiais, fornecendo provas valiosas em casos de denúncias de abuso ou violência.
No entanto, a implementação das câmeras corporais também levanta preocupações sobre privacidade. Os críticos argumentam que os equipamentos podem ser usados para monitorar indevidamente os cidadãos e violar seus direitos.
Para mitigar essas preocupações, é fundamental que o uso das câmeras corporais seja regulamentado por leis claras e transparentes. As normas devem estabelecer quando e como as câmeras podem ser usadas, além de garantir que as imagens e áudios coletados sejam armazenados e usados de forma responsável.
O debate sobre o uso de câmeras corporais pela PM deve continuar, envolvendo especialistas, autoridades e a sociedade civil. É importante encontrar um equilíbrio entre a necessidade de transparência e a proteção dos direitos dos cidadãos.