Biblioteca itinerante que estimula a leitura promovendo a troca de livros entre crianças, jovens e adultos
Bicicleta adaptada circulará pela cidade até fevereiro de 2024, principalmente no bairro do Coque, fomentando o intercâmbio de livros em escolas, instituições e espaços públicos na capital pernambucana
Na próxima quarta-feira, 27, chega ao Recife o projeto BiciBiblioteca, uma biblioteca montada sobre rodas que oferece um acervo diversificado de livros novos para crianças, jovens e adultos, a serem trocados gratuitamente por livros usados, incentivando o hábito da leitura. O lançamento da iniciativa acontece das 13h às 17h, com alunos da Escola Municipal do Coque (Rua Mirandópolis, 35 – Ilha Joana Bezerra). Até fevereiro de 2024, a Bicibiblioteca circulará pelo bairro do Coque, passando por escolas públicas, instituições e espaços de grande circulação de pessoas, como o Compaz Dom Hélder Câmara e a praça em frente ao Terminal Joana Bezerra, além de participar de alguns eventos pela cidade nesse período.
O início das atividades para o grande público será no sábado, 30 de setembro, na praça em frente ao Terminal Joana Bezerra, onde a Bici irá estacionar com sua biblioteca semanalmente, sempre aos sábados. A cada quinze dias, estará no Compaz Dom Hélder Câmara, às terças-feiras, a partir do dia 3 de outubro. Nessas ocasiões, qualquer pessoa poderá levar um livro que já leu e trocar por um novo livro.
Além de Recife, o projeto BiciBiblioteca também será realizado em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Idealizada pela FGM Produções Culturais, a Bici busca democratizar o acesso à leitura de uma maneira divertida, diferente e totalmente gratuita, contando também com o estímulo que a presença de uma biblioteca em forma de bicicleta é capaz de mobilizar.
Com acervo de 6.500 livros, distribuídos pelos polos de cada capital contemplada, o projeto prevê dois eixos para alcançar o público. Durante a semana, a biblioteca itinerante visita escolas públicas, instituições e locais públicos que possuem algum tipo de atendimento ou serviço à população, como centros de convivência e espaços culturais. No final de semana, chega a espaços públicos com grande circulação de pessoas, como praças, feiras e avenidas fechadas para carros. Em ambas as situações, qualquer pessoa pode levar um livro que já leu e trocar por um novo livro. Paralelamente ao intercâmbio das obras, vão ocorrer atividades de contação de histórias e leitura para as crianças.
Para Fabiana Maugé, diretora da FGM, a BiciBiblioteca vai além de aproximar crianças e adolescentes dos livros. “A leitura é um dos principais meios para superarmos o déficit educacional no Brasil e formar novas gerações com maior capacidade de serem cidadãos conscientes de seus direitos e construírem um futuro melhor. Facilitar o acesso aos livros é um grande passo para atingirmos esse objetivo. O estímulo à leitura e o contato da criança e do jovem com o ‘objeto’ livro, saindo um pouco do universo do celular e computador, dá a eles uma ferramenta de diálogo e interação social”, explica a diretora.
Todo o acervo da BiciBiblioteca converge para uma gama diversificada de autores brasileiros e estrangeiros de todos os tempos, de todos os gêneros. A começar por “Era uma vez”, de Hans Christian Andersen e Irmãos Grimm, “Narizinho e o príncipe Escamado”, de Monteiro Lobato, “O menino azul”, de Cecília Meireles, “O menino maluquinho”, de Ziraldo, “A luz como água”, de Gabriel García Márquez, a coleção completa de “Harry Potter”, de J. K. Rowling, “Meu crespo é de rainha”, de Bell Books, e “Caderno de rimas do João” e “Caderno sem rimas da Maria”, ambos de Lázaro Ramos. Em braile, o acervo conta com “O menino que via com as mãos”, de Alexandre Azevedo, “O que será que a bruxa está lavando”, de Elizete Lisboa.
Já para os jovens, o acervo traz títulos como “É Assim que Acaba: 1” e “É assim que começa”, de Colleen Hoover, que estão na lista dos mais vendidos em 2023, e “Heartstopper: Dois Garotos, um encontro”, de Alice Oseman, que virou série de sucesso na Netflix. Para os adultos, o acervo traz os bestsellers “Coração de Tinta”, de Cornelis Funke, “Hibisco Roxo”, de Chimamanda Ngozi Adichie, “Pequeno manual antirracista”, de Djamila Ribeiro, e diversas biografias de personagens importantes do Brasil e do mundo como Rita Lee, Nelson Mandela e Ingrid Silva.
A grande quantidade e qualidade dos livros disponibilizados pela BiciBiblioteca tem a capacidade de torná-la uma grande aliada de professores da rede pública, pois os livros são instrumentos para se trabalhar em sala de aula e alavancam ideias para ampliar o horizonte dos conteúdos formativos.
A BiciBiblioteca é realizada com recursos do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), via Lei Rouanet, tem patrocínio do Itaú, a realização da FGM Produções, Girassol Incentiva, Ministério da Cultura e Governo Federal. No Recife, o projeto conta com o apoio da Prefeitura do Recife por meio da Secretaria de Segurança Cidadã da Cidade do Recife, Secretaria de Educação e Recentro, Biblioteca Popular do Coque, Rádio Coque e Neimfa.