Após retração em 2023, mercado de crédito deve voltar a crescer no próximo ano, diz especialista

Fatores como queda dos juros e melhor controle da inadimplência influenciarão de maneira positiva em 2024, aposta Felipe Giroleti, vice-presidente de Business da Franq

Os altos juros e patamares de inadimplência cobraram o seu preço para o mercado de crédito em 2023. Dados do Banco Central apontam que, de janeiro a outubro, houve uma redução de dois dígitos nos desembolsos tanto do crédito pessoal (-12,5%) quanto do capital de giro para empresas (-12,1%) na comparação com o mesmo período de 2022. Com a taxa SELIC em 13,75% na maior parte do ano, os empréstimos e financiamentos acabaram se tornando proibitivos para grande parte da população.

A boa notícia é que esse cenário deve melhorar em 2024, segundo avalia o vice-presidente de Business da Franq, uma fintech com sede em Florianópolis, Felipe Giroleti. Com a queda dos juros em andamento e um melhor controle da inadimplência por parte das instituições financeiras, o mercado deve se reaquecer em 2024.

“Na questão dos juros, a tendência é por uma sequência de queda. O próprio Banco Central já sinalizou, após a última reunião do COPOM, de que os cortes deverão seguir o ritmo 0,5 ponto percentual a cada encontro.  A expectativa é conseguiremos chegar ao final de 2024 com taxa abaixo de dois dígitos . Com juros menores, a resposta do mercado de crédito é imediata”, aponta Giroleti. 

Destaque para o Crédito com Garantia de Imóvel

Mesmo com o cenário negativo  em 2023, uma modalidade de crédito obteve resultados positivos ao longo do ano. Trata-se do Crédito com Garantia de Imóvel, ou Home Equity, que teve um acréscimo de pouco mais de 5% nos desembolsos até outubro, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP). 

Para o executivo da Franq, essa alta mesmo em um cenário difícil se explica pelo fato de o Home Equity geralmente oferecer taxas mais atrativas, com prazo mais alongados, devido a outras alternativas de fundig, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e os Certificados de Crédito Imobiliário (CRI).  Além disso, o número de instituições financeiras que estão disponibilizando o produto é cada vez maior.

“Neste ano, muitos bancos estão entrando neste produto e buscando plataformas de bancários autônomos que possam facilitar a identificar clientes com perfil potencial. Esta concorrência é saudável em todas as fases do processo de tomada e manutenção da linha de crédito por parte do cliente. Dessa maneira, existe a possibilidade de buscar a melhor condição mediante o perfil do cliente e do imóvel posto em garantia. Além disso, são amplas as opções de portabilidade e refinanciamento em momentos de baixa da taxa de juros, ou até mesmo a necessidade de tomada de recursos adicionais usando a mesma garantia para a operação”, explica Giroleti. 

Aposta em 2024 positivo

O executivo lembra ainda que, de maneira geral, 2023 termina com o mercado mais aquecido do que estava no começo do ano. Ele lembra que o próximo ano deve trazer também desafios tanto internos quanto externos, porém passa uma mensagem de otimismo: “2024 deve trazer mais possibilidades de negócios no mercado de crédito”.


Notice: ob_end_flush(): Failed to send buffer of zlib output compression (0) in /home3/juliot96/public_html/wp-includes/functions.php on line 5464