Ansiedade e depressão afetam funcionários LGBT+ na América Latina

O México é o país que relata o maior bem-estar entre a comunidade (52%). No Brasil, 44% dos funcionarios LGBT+ afirmam ter boa saúde física e mental.

·        A Pesquisa Global de Atitudes de Benefícios 2022 da WTW destaca que o risco de doenças ligadas à saúde mental é maior do que as relacionadas à saúde física para funcionários LGBT+.

·        Entre os fatores que causam maior estresse na comunidade estão o nível de inclusão na cultura organizacional e a liberdade de se expressar no ambiente de trabalho.

Deacordo com  a Pesquisa Global de Atitudes de Benefícios 2022, elaborada pela WTW, a incidência de doenças relacionadas à saúde mental na comunidade LGBT+ é maior do que a do restante dos colaboradores na América Latina.

O estudo analisa as atitudes dos funcionários em relação aos seus benefícios e sua autopercepção em relação à saúde.

Ele destaca que, isolando os componentes de saúde física e de saúde mental, os funcionários da comunidade LGBT+ são mais impactados pelas condições de saúde mental do que pela saúde física, ressaltando a importância de programas de bem-estar organizacional focados na saúde emocional e mental.

Níveis mais altos de ansiedade e depressão foram observados entre os funcionários LGBT+ na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México.

Entre as descobertas mais importantes estão:

•      Um em cada dois funcionários LGBT+ nesses países relata sofrer de algum nível de ansiedade ou depressão.

•      Os maiores índices de ansiedade ou depressão entre colaboradores LGBT+ estão localizados na Argentina (62%) e no Chile (59%), seguidos pela Colômbia (54%), Brasil (51%) e México (48%).

•      Funcionários LGBT+ relatam níveis de ansiedade e depressão muito maiores do que os heterossexuais, sendo a Colômbia o país onde o índice é maior (24 pontos). Em seguida, aparecem Argentina (21 pontos), Chile (18 pontos), México (16 pontos) e Brasil (9 pontos).

Sobre o último ponto, a pesquisa destaca que, o número de pessoas LGTB+ com graves níveis de ansiedade ou depressão é, praticamente, o dobro do que entre heretossexuais. Na Argentina, 16% das pessoas com ansiedade ou depressão são LGBT+ e 9% são heterossexuais. No Brasil, são 19% LGBT+ e 9% heterossexuais; no México, 11% são da comunidade LGBT+ e 5%, heterossexuais; e na Colômbia, 10% LGBT+ e 5% heterossexuais.

Entre os funcionários que relatam boa saúde física e mental, os LGBT+ têm mais problemas de saúde, mas os fatores que afetam o bem-estar estão relacionados mais à saúde mental do que à física.  

•      Na América Latina, 40% dos funcionários LGBT+ dizem ter boa saúde física e mental.

•      Argentina e Chile são os países onde a proporção de funcionários LGBT+ que registram boa saúde é menor, 36% e 37%, respectivamente.

•      O México é o país que registra o maior bem-estar; no entanto, pouco mais da metade dos funcionários LGBT+ tem boa saúde física e mental (52%).

•      No Brasil e na Colômbia, 44% dos funcionários LGBT+ têm boa saúde física e mental.

•      Em todos os países, há uma diferença entre colaboradores heterossexuais e LGBT+ que relatam boa saúde. Os países onde o diferencial é maior são Argentina e Colômbia (21 e 22 pontos, respectivamente).

•      No outro extremo, o Brasil é o país com o menor diferencial (7 pontos).

Em relação ao que pode causar estresse entre a população LGBT+, é preciso considerar dois fatores: se a cultura organizacional da empresa é realmente inclusiva e que medidas foram criadas para garantir que todas as pessoas se sintam livres para se expressarem no ambiente de trabalho.

Mas gerar uma cultura inclusiva não é suficiente. De acordo com Alberto Mondelli, líder de consultoria de DEI da WTW para a América Latina, “as empresas devem rever ações e seus pacotes de benefícios, para garantir que elas sejam realmente inclusivas em questões como cobertura médica para casais do mesmo sexo, apoio ao processo de afirmação de gênero, recursos de apoio à saúde mental, apoio em programas de fertilidade e fornecimento de licença parental equitativa, entre outros, além de abordar os problemas de acessibilidade aos benefícios para os empregados de baixa renda”.

Por fim, a pesquisa da WTW destaca a importância de as empresas trabalharem ativamente em campanhas efetivas de comunicação, que reflitam adequadamente a cultura de inclusão e os valores que buscam promover, além de garantir que todos as pessoas LGBT+ conheçam seus benefícios dentro da organização e possam acessá-los quando for necessário.

Sobre a pesquisa

A Pesquisa Global de Atitudes de Benefícios 2022 explora as necessidades, os comportamentos e as preferências dos funcionários em vários temas, como mudança de modelos de trabalho, o papel dos benefícios na atração e retenção de talentos, preferências de benefícios, expectativas de aposentadoria e bem-estar. A versão 2022 é a quinta pesquisa global e foi realizada durante dezembro de 2021 e janeiro de 2022. Participaram da pesquisa 35.549 colaboradores de grandes e médias empresas privadas de 23 mercados. Na América Latina, participaram 5.028 colaboradores de cinco países – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México.

Sobre a WTW

Na WTW (NASDAQ: WTW), fornecemos soluções baseadas em análises de dados nas áreas de pessoas, risco e capital. Aproveitando a visão global e a experiência local de nossos profissionais que atendem 140 países e mercados, ajudamos você a focar em sua estratégia, melhorar a resiliência organizacional, motivar a força de trabalho e maximizar o seu desempenho.

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