Ana Clara expõe tratamento contra a Síndrome do Pânico e faz alerta Do Big Brother Brasil para a consagração nas telas da rede Globo

Por Andrea Ladislau

Esse tem sido o caminho de sucesso percorrido pela apresentadora Ana Clara, de 26 anos. Quem vê a carioca, super espontânea e cheia de energia em entrevistas dinâmicas e divertidas, sequer desconfia que a bela enfrenta um desafio relacionado à sua saúde mental: a Síndrome do Pânico.

O que demonstra, mais uma vez que, personalidades públicas, anônimos ou qualquer mortal, podem sofrer com problemas psíquicos e emocionais. E todos estamos sujeitos a sofrer psiquicamente, visto que as fragilidades emocionais não distinguem anônimos de celebridades, assim como qualquer outro tipo de doença também não. 

E como lidar com a ansiedade excessiva e o pânico? O que vem a ser essa síndrome e de que forma ela se manifesta? A Síndrome do pânico é uma condição onde há crises súbitas de ansiedade, medo, desespero associados a sintomas físicos, como: dor no peito, falta de ar, tontura, formigamentos, tremores, suor excessivo. A sensação é de morte ou perda do controle.

A crise pode acontecer sem motivo aparente ou após um estresse emocional, e depois, gera ansiedade antecipatória (medo de acontecer novamente). O medo de perder o controle da situação faz o indivíduo evitar lugares muito cheios ou fechados.

E quando se forçam, acabam desencadeando novas crises que se tornam mais constantes, e atrapalham a realização de atividades simples do cotidiano, como: ir ao mercado, entrar no elevador, andar de ônibus.

Infelizmente, a síndrome aparece quando menos se espera! A duração da crise varia de pessoa para pessoa, podendo ter picos de 5 até 30 minutos, seguida por uma sensação de esgotamento e cansaço. A busca por um acompanhamento psicoterápico é fundamental para entender quais os gatilhos para início dos sintomas e como controlar os efeitos perturbadores da síndrome.

Existe cura para a doença, embora seja difícil alcançar a cura completa do transtorno, pois a taxa de recaída da síndrome é bastante elevada e a maioria das pessoas volta a sofrer com os ataques. 

Os medicamentos e a psicoterapia são os mais recomendados, já que atuam sobre os desequilíbrios bioquímicos que geram os efeitos físicos associados à doença, além de trabalharem os medos, as fobias, a ansiedade e provocar mudanças comportamentais para que o indivíduo aprenda técnicas que possam mudar a sua atitude diante dos ataques de pânico.

Ana Clara, chegou a ser hospitalizada no fim de 2022, quando apresentou os primeiros sintomas da doença. A apresentadora buscou ajuda profissional e medicamentosa para enfrentar a Síndrome do Pânico e relata que percebeu a necessidade de falar sobre o assunto, uma vez que muitas pessoas sofrem com este problema e nem sempre sabem como agir.

Encontrou caminhos de libertação através da construção de uma rede de apoio, leituras e hobbies para sentir-se mais forte para lutar contra a síndrome.

Por ser uma figura pública, ela se viu perdida e angustiada, perturbada pelo elevado grau de estresse, por pensamentos irracionais, pelo medo geral ou medo do desconhecido, chamado de agorafobia, que a impediam de se relacionar com as pessoas a sua volta.

Ou seja, quem sofre com a síndrome de pânico, tendenciosamente, sempre procura estar isolado e sofre com a intensidade das crises. Por isso, uma rede de apoio bem estruturada com médicos, psicólogos, família e amigos, faz toda a diferença no controle da doença. 

Enfim, a vulnerabilidade imposta por essa síndrome pode afetar homens e mulheres em diversas faixas etárias e em qualquer classe social. O ideal é, ao perceber o menor sinal de desequilíbrio, buscar ajuda de um profissional de saúde mental que irá, através de ferramentas adequadas, identificar o problema e dar a tratativa correta para que se consiga viver de forma plena, saudável e equilibrada. 

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Possui especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. É palestrante, membro da Academia Fluminense de Letras e escreve para diversos veículos. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas,para apoio emocional de pessoas do Brasil inteiro.


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