Abertura dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago conta com a maior delegação brasileira da história

A delegação brasileira foi uma das 31 que desfilaram na cerimônia de abertura dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, Chile, na noite desta sexta-feira. O evento aconteceu no Estádio Nacional e contou com Claudiney Batista e Mariana D’Andrea como os porta-bandeiras do Brasil.

Os atletas brasileiros compuseram a quinta delegação a entrar no estádio. Os presentes no desfile representaram os 324 competidores do Brasil convocados para a competição continental. O número transforma a missão Santiago 2023 na maior do país em toda a história do Parapan.

Participaram da cerimônia o presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Andrew Parsons; presidente do Comitê Paralímpico Americano (APC), Julio César Ávila Sarria; presidente do Chile, Gabriel Boric; ministro do Esporte, Jaime Pizarro; e a medalhista para- panamericana nos Jogos de Lima 2019, a nadadora chilena Valentina Muñoz. A atleta entrou com a bandeira do país-sede no centro do campo.

O público ocupou boa parte dos 48 mil lugares do estádio e mostrou bastante animação no evento. A festa misturou música, dança e elementos culturais chilenos. Após os desfiles, que terminaram com a apresentação da delegação anfitriã, os torcedores iluminaram as arquibancadas, acendendo as lanternas de seus celulares.

Na sequência, ciclistas e artistas realizaram uma encenação do cotidiano em Santiago, representando toda a efervescência, diversidade e a pluralidade da cidade. Ao fim da “construção” da capital chilena, as cantoras Ana Tijoux e Kya, juntas ao grupo Movimento Original, fizeram uma performance remixada da música “A la cima”, tema oficial dos Jogos Parapan-Americanos 2023. Já no fim da cerimônia, 300 drones dominaram o céu sobre o Nacional, simulando estrelas em movimento e promovendo um belíssimo show de luzes para os espectadores.

A tocha parapan-americana, então, foi conduzida pela nadadora Macareno Quero, pela arremessadora e ex-tenista Francisca Mardonez, pelo nadador Alberto Abarza e pelo fundista Cristian Valenzuela, responsável por acender a pira.

Durante a competição, o Brasil contará com 190 homens e 134 mulheres, de 23 estados e do DF. Dos 324 competidores, 51 têm até 23 anos, 108 são cadeirantes, 79 conquistaram medalhas em Mundiais neste ano, 132 são estreantes no evento continental, 72 treinam nos Centros de Referência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e 11 disputaram o Parapan de Jovens, em Bogotá, Colômbia, no último mês de junho. A competição na capital chilena tem cerca de 1.900 esportistas de 31 países.

A delegação brasileira se faz presente na capital chilena com 16 modalidades nesta sexta-feira. A exceção é a Seleção de taekwondo, que chega neste sábado. Os primeiros atletas do Brasil desembarcaram no Chile no último domingo e entraram na Vila Parapan-Americana na mesma noite. No dia seguinte, já foram realizados os primeiros treinos em Santiago. Já nesta quinta e sexta-feira, antes da cerimônia de abertura, os mesatenistas entraram em ação e o Brasil tem 20 atletas semifinalistas na modalidade.

Na última edição do Parapan, em Lima, no Peru, em 2019, o país entrou para história com recorde de conquistas. A delegação brasileira chegou à inédita marca de 308 medalhas, entre as quais 124 de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Nunca nenhum país alcançou tantas vitórias em uma única edição de Parapan.


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