A importância do diagnóstico e cuidados para o câncer de mama

Unex oferece serviços gratuitos em diversas áreas para mulheres em tratamento

Do diagnóstico aos cuidados, muitos são os caminhos percorridos. Falar sobre câncer de mama ainda é tabu para algumas mulheres e suas famílias. O medo e a negação após o diagnóstico atrapalham o tratamento. O mês de outubro é amplamente reconhecido como o Outubro Rosa, um período dedicado à conscientização sobre o câncer de mama em todo o mundo. Esta campanha, que surgiu nos Estados Unidos na década de 1990, tem como objetivo principal alertar as mulheres sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz do câncer de mama.

De acordo com as informações do Instituto Nacional de Câncer – INCA, o câncer de mama é um dos que mais acomete mulheres em todo o mundo. Segundo os dados, até o ano de 2025, serão cerca de 74 mil novos casos de câncer de mama nas regiões mais bem desenvolvidas do país.  

O diagnóstico é um momento assustador e emocionalmente desafiador para qualquer mulher, e é normal sentir medo e negação. No entanto, é crucial superar essas barreiras emocionais para buscar o tratamento adequado, que pode aumentar significativamente as chances de cura. Esse é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres depois do câncer de pele mas, por conta de desinformação e dificuldades no acesso à rede especializada de saúde, o seu diagnóstico e tratamento pode acontecer de forma tardia” disse a ginecologista e professora do curso de Medicina da Unex – Centro Universitário de Excelência, em Feira de Santana, Dra. Adenilda Martins. 

“Um dos maiores fatores de risco associados ao surgimento do câncer de mama é a questão da idade e precisamos identificar esses tumores de forma precoce, para termos mais chance de cura. Não falamos mais sobre o autoexame, mas isso não quer dizer que a avaliação das mamas não seja importante. É necessário que toda mulher fique atenta às mudanças que possam aparecer no seu corpo”, informa a enfermeira, Daniela Medeiros, que também é professora na Unex, no curso de Enfermagem. Ainda segundo ela, o Ministério da Saúde indica que mulheres a partir dos 50 anos devem iniciar o acompanhamento através da mamografia. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia antecipa este exame para mulheres a partir dos 40 anos de idade. 

Sintomas e fator de risco 

Como alguns dos principais fatores de risco para a doença estão a obesidade, o consumo excessivo de álcool e o histórico familiar. Alguns dos sintomas relacionados são o aparecimento de nódulos na região da mama e axila, mama avermelhada, além da saída de líquidos em um dos mamilos.

Para a professora Aline Adães, um tratamento de sucesso envolve trabalhar com todo o corpo do paciente. “Não existe mais essa consciência em que o doente tem que ficar deitado e aguardando a doença passar. Hoje, uma paciente em tratamento oncológico, tem que cuidar da sua saúde como um todo, incluindo a parte do exercício físico”, disse Adães que é coordenadora do curso de Educação Física na Unex. Ainda segundo ela, se a pessoa se exercita, os sintomas colaterais diminuem. “Pacientes oncológicos ativos experimentam redução da fadiga relacionada ao câncer, do humor depressivo, melhora do sono, o apetite, reversão de quadro de astenia (fraqueza muscular) e a perda progressiva de peso e massa muscular, ou seja, melhora da qualidade de vida, imunidade e a aderência ao tratamento”.  

Prevenir e tratar o câncer de mama, além de incentivar o exame de rotina, envolve uma abordagem multidisciplinar que abrange diversos aspectos da saúde das mulheres. Além do diagnóstico médico e tratamento oncológico, a nutrição, o apoio psicológico, a atividade física, a enfermagem e a fisioterapia desempenham um papel crucial no processo de cura e recuperação.


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