Milei, o “cowboy” perdido em Nova York: Um passeio sem rumo e sem conversa com Lula

Milei em uma ponta e Lula na outra, durante o encontro do G7

A viagem de Javier Milei para os Estados Unidos, especialmente sua passagem por Nova York, foi um tanto quanto peculiar. De um lado, o cara se intitula um “libertário” que quer revolucionar a Argentina, mas parece que a revolução dele só funciona no Twitter. De outro, ele foi convidado para um encontro com o poderoso think tank americano, o Cato Institute, um grupo que ama as ideias de livre mercado e que, coincidentemente, amava o Bolsonaro também.

Mas, o que de fato aconteceu? Milei, o astro do momento na Argentina, o cara que prometeu “dar um fim à casta política”, foi pra terra do Tio Sam, a capital do capitalismo, e, ao invés de se conectar com a elite econômica e política local, preferiu ficar na sua bolha, pregando o seu discurso de “liberdade” e “reformas radicais” para um público de liberais americanos. Tipo, “vamos tirar o Estado de cima do povo”, “vamos acabar com o assistencialismo”, “vamos privatizar tudo”.

O problema é que, em meio a essa missão de “salvar o mundo”, Milei sequer conseguiu um tempinho para conversar com Lula. Imaginem: o presidente do Brasil, o cara que, segundo ele, representa tudo que ele detesta, estava a poucos quarteirões de distância e o cara não teve a mínima vontade de um “oi” informal.

Enquanto isso, o Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, estava em Nova York fazendo o que todo bom líder faz: tentando melhorar as relações com os líderes americanos e canadenses. Joe Biden, o cara que está no comando dos EUA, e Justin Trudeau, o primeiro-ministro do Canadá, foram tratados com todo o respeito e consideração. Modi, ao contrário de Milei, entende que o mundo não gira em torno do seu próprio umbigo e que é preciso construir pontes, não muros.

Milei, em seu discurso extremista, parece ter perdido a noção do que realmente importa. Ele se isolou, se fechou em seu próprio mundo, e deixou a chance de criar diálogo e construir pontes para um futuro melhor.

No fim das contas, a viagem de Milei a Nova York foi um passeio solitário, um “cowboy” perdido no meio da selva de concreto. Enquanto os outros líderes buscavam oportunidades e dialogavam, Milei preferiu continuar gritando no deserto. Será que essa é a revolução que ele tanto promete?


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