O grito contra o PL antiaborto por estupro e a luta por direitos

O sábado (15) foi marcado por um mar verde vibrante na capital paulista, um mar de esperança e de resistência contra a barbárie que se esconde por trás do PL Antiaborto por Estupro. O grito uníssono de “Fora Lira!” ecoou pelas ruas, carregando a indignação de milhares que se recusam a aceitar a criminalização da liberdade e a imposição de um retrocesso cruel sobre a vida das mulheres.

O “PL da gravidez infantil”, como o apelidaram com justa razão, é uma afronta aos direitos humanos, um ataque frontal à autonomia das mulheres e um passo atrás na luta por justiça social. Equiparar a punição para o aborto por estupro à reclusão prevista para homicídio simples é um absurdo jurídico e moral, uma tentativa de negar à mulher o direito de decidir sobre seu próprio corpo e de proteger sua saúde mental e física após o trauma de uma violência sexual.

A presença massiva de mulheres, homens, pessoas trans e LGBTQIA+ no protesto demonstra a força da luta por direitos reprodutivos e a profunda rejeição à violência de gênero que esse projeto de lei representa. As famílias, os jovens, as estudantes, todas e todos se uniram em uma demonstração inequívoca de que o Brasil não se curva à barbárie, que a sociedade clama por justiça e por uma legislação que proteja e defenda a dignidade humana, e não que a criminalize.

A fúria contra Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, é justificada. O parlamentar, conhecido por sua postura conservadora e insensível, tem se mostrado um defensor ferrenho do PL, utilizando seu poder para tentar silenciar as vozes que clamam por justiça e por uma legislação humanizada. A oposição a Lira se torna, então, um símbolo de resistência, uma demonstração clara de que a sociedade brasileira não se deixa manipular por interesses políticos obscuros.

Mas o protesto não se limitou a um grito de revolta. Foi um chamado à ação, um manifesto de esperança. As mulheres, que sempre estiveram na vanguarda da luta por direitos, mostraram sua força e seu poder de organização, unidas em uma corrente verde que se estendeu por toda a cidade. Uma corrente que não se deixa intimidar, que não se curva à violência e que continuará lutando até que o PL seja derrotado e a justiça prevaleça.

A manifestação foi um recado claro para os parlamentares: a sociedade está atenta, a sociedade não se cala, a sociedade não aceita retrocessos. É o início de uma luta ainda mais intensa, que mobilizará todas as forças sociais para garantir o direito à saúde e à autonomia das mulheres. A luta é longa, mas o grito de “Fora Lira!” e o mar verde vibrante que invadiu as ruas de São Paulo são uma prova de que a esperança não se apaga e que a justiça, um dia, prevalecerá.


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