Cerca de 28 milhões de sul-africanos escolhem hoje novo Parlamento
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Cerca de 28 milhões de eleitores estão aptos a votar nas eleições gerais que se realizam nesta quarta-feira (29) na África do Sul. Eles vão escolher seus representantes na nova Assembleia Nacional.
A escolha do presidente da República para os próximos cinco anos será feita pelos 400 deputados que forem eleitos hoje.
Estas são as sétimas eleições democráticas desde o fim do regime segregacionista do apartheid em 1994, ano em que Nelson Mandela foi eleito presidente após a vitória do Congresso Nacional Africano (ANC) por 62,5%.
Em declínio desde 2014, o ANC arrisca-se, pela primeira vez, a perder a maioria absoluta, de acordo com várias pesquisas eleitorais, obrigando a entendimentos com outros partidos para a formação do governo e a eleição do presidente.
O declínio do ANC é atribuído a “más políticas” do governo, sobretudo depois de 2008, quando Thabo Mbeki, que sucedeu Mandela, deixou a Presidência da República, dando lugar ao vice-presidente Jacob Zuma, afastado em 2018 pelo próprio partido devido a inúmeras denúncias de corrupção.
Cyril Ramaphosa, que o sucedeu, espera conseguir a reeleição pelo novo Parlamento.
Com população de 62 milhões de pessoas, 27,79 milhões estão recenseados para a votação de hoje, sendo que 1,6 milhão que se candidataram ao voto especial devido a doença, idade ou deficiência, começaram a votar na segunda-feira (27). Em outros países, 78 mil sul-africanos estão igualmente registrados para votar.
Fonte da Comissão Eleitoral disse à Lusa que estão acreditadas mais de 170 missões de observação, 18 delas de instituições internacionais e as restantes nacionais.
Masego Sheburi afirmou que, apesar de a votação ser conhecida após o fechamento das sessões eleitorais, onde será feita a contagem dos votos, os resultados finais só deverão ser anunciados no domingo, dia 2 de junho.
Um total de 52 partidos políticos disputam as eleições em nível nacional, para o Parlamento, segundo a Comissão Eleitoral. Alguns desses partidos foram registrados para disputar as eleições nas nove províncias do país.
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