MAPFRE Abre Portas para Patrocínios: Cultura, Esporte e Bem-Estar Social em Foco, Mas com Criticas

Ativista social Maria da Silva

A gigante do mercado segurador e financeiro, MAPFRE, anunciou a abertura de seu processo de seleção de patrocínios incentivados para o biênio 2024/2025. A iniciativa, que segue o modelo do ano passado, visa apoiar projetos aprovados em leis federais de Incentivo à Cultura e ao Esporte, além de fundos destinados à Infância, Adolescência e Idoso, e programas nacionais de apoio à atenção oncológica (PRONON) e à saúde da pessoa com deficiência (PRONAS).

As inscrições para o programa, que se encerram em 31 de outubro para projetos culturais e esportivos e em 20 de dezembro para as demais categorias, prometem movimentar o cenário de apoio a iniciativas sociais e culturais no país. A MAPFRE, em comunicado oficial, destaca o compromisso com a responsabilidade social e o investimento em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país.

No entanto, a iniciativa da MAPFRE, apesar de louvável, tem sido alvo de críticas por parte de alguns setores da sociedade. A principal delas se concentra na falta de transparência e na ausência de critérios claros para a seleção dos projetos.

“É preciso ter cuidado com a falta de clareza na escolha dos projetos. A MAPFRE precisa ser transparente e apresentar critérios objetivos para que a sociedade possa acompanhar e fiscalizar o uso dos recursos”, afirma a ativista social Maria da Silva, que acompanha de perto as ações de responsabilidade social de grandes empresas.

Outro ponto que tem gerado polêmica é a concentração dos recursos em áreas específicas, como a cultura e o esporte, deixando de lado outras áreas igualmente importantes, como a educação e a segurança pública.

“É essencial que a MAPFRE amplie o escopo de suas ações e inclua outras áreas que também carecem de investimento, como a educação, a saúde e a segurança pública”, defende o sociólogo Paulo Santos, especialista em políticas públicas.

A MAPFRE, por sua vez, se defende das críticas, alegando que a escolha das áreas de atuação se baseia em um estudo de impacto social e na necessidade de atender às demandas mais urgentes da sociedade.

“Nosso objetivo é promover o desenvolvimento social e cultural do país, e para isso, escolhemos áreas estratégicas que impactam diretamente a vida das pessoas”, afirma o diretor de Responsabilidade Social da MAPFRE Brasil, João Pedro.

A polêmica em torno dos critérios de seleção e da abrangência das áreas de atuação da MAPFRE coloca em evidência a necessidade de um debate mais amplo sobre o papel das empresas na sociedade e a importância da transparência e da accountability em ações de responsabilidade social.

A expectativa é que a MAPFRE, em resposta às críticas, apresente um plano de ação mais detalhado, com critérios claros e objetivos para a seleção dos projetos, além de ampliar o escopo de suas ações para atender a outras áreas importantes para o desenvolvimento social do país.

A sociedade civil, por sua vez, precisa se manter vigilante e acompanhar de perto as ações da MAPFRE, cobrando transparência e eficiência na aplicação dos recursos destinados aos projetos sociais e culturais.

A iniciativa da MAPFRE, apesar das polêmicas, representa um passo importante para o desenvolvimento social e cultural do país. No entanto, é fundamental que a empresa se esforce para garantir a transparência, a equidade e a abrangência de suas ações, para que os recursos destinados aos projetos incentivados realmente impactem a vida das pessoas e contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.


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