OIM alerta para “estereótipo sexual” de brasileiras em Portugal
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A Organização Internacional para as Migrações (OIM) alertou hoje que ainda persiste um estereótipo sexual sobre as mulheres imigrantes brasileiras em Portugal, em um relatório publicado nesta terça-feira (7) que destaca ainda o número elevado de homens portugueses que emigraram, portanto deixaram o país.
No Relatório sobre Migrações Mundiais 2024, a estrutura das Nações Unidades abordou as tendências globais migratórias e salientou que “os estereótipos da hipersexualidade das mulheres nos países de destino também afetaram as mulheres migrantes, como as venezuelanas no Peru e as brasileiras em Portugal, estigmatizando-as como prostitutas e levando a riscos acrescidos de sofrerem assédio sexual e violência de gênero”.
Em um relatório que inclui a quase totalidade dos países do mundo, a OIM recordou também o impacto que a pandemia da Covid-19 trouxe ao processo migratório.
A pandemia “levou a que alguns países tomassem medidas excepcionais para responder às necessidades acrescidas dos migrantes em situação irregular”, informa o relatório, que destaca o caso português.
“No início de 2020, Portugal atuou rapidamente, regularizando temporariamente o estatuto de todos os migrantes”, reportam os autores, salientando que a Itália seguiu o exemplo português, com “uma regularização específica para os trabalhadores migrantes em setores-chave da economia”.
Sobre a saída de portugueses do país, a OIM destaca que Portugal estava entre os 20 países com maior número relativo de emigrantes em 1995, um número que baixou em 2020, de acordo com a contabilidade das autoridades.
No que respeita ao recorte de gênero na emigração, a Itália e Portugal são os dois países europeus que têm mais homens emigrantes que mulheres, segundo a OIM.
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