Moraes impede Bolsonaro e suspeitos de golpe de participar de eventos militares
Em uma decisão sem precedentes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, proibiu o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros investigados por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 de comparecerem a eventos das Forças Armadas, do Ministério da Defesa e das polícias militares.
A restrição também se estende aos ex-ministros de Estado Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, Walter Braga Netto, ex-Casa Civil, Paulo Sérgio Nogueira, que encabeçou a Defesa, e Anderson Torres, ex-titular de Justiça. Além deles, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, também foi intimado pela decisão, que prevê multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento.
A medida tramita em caráter sigiloso e restringe expressamente a presença dos investigados em “cerimônias, festas ou homenagens” nas dependências das corporações militares1. A decisão é parte do inquérito do Supremo sobre “milícias digitais” e surge em meio a investigações sobre uma suposta tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder1.
Essa decisão destaca a gravidade das acusações contra Bolsonaro e seus aliados e a necessidade de preservar a integridade das instituições militares. Ainda é incerto como essa controvérsia se desenrolará no futuro.