Governo do Paraná bate recorde em contratações precárias de professores e pedagogos
O governo do Paraná, sob o comando de Ratinho Jr., tem batido recordes na contratação de professores e pedagogos com contratos precarizados, uma realidade que contrasta com o discurso oficial de valorização da educação.
De acordo com dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, o número de profissionais da educação contratados por meio de contratos temporários (ACTs) e de prestação de serviços (PSS) saltou de 10.200 em 2019 para 18.000 em 2022. Isso representa um aumento de 76% em apenas três anos.
Essa precarização do trabalho docente tem consequências graves para a qualidade da educação oferecida aos alunos. Professores e pedagogos contratados por meio de ACTs e PSS recebem salários mais baixos, têm menos direitos trabalhistas e estão sujeitos a demissões arbitrárias.
Além disso, a rotatividade desses profissionais é alta, o que prejudica a continuidade do processo de ensino-aprendizagem. Uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Paraná (APP-Sindicato) revelou que 40% dos professores contratados por ACTs e PSS deixam o cargo em menos de um ano.
Essa situação tem gerado protestos e críticas por parte de sindicatos e entidades representativas da categoria. Eles denunciam que o governo está desrespeitando a legislação trabalhista e comprometendo a qualidade da educação pública no Paraná.
“O governo está usando a precarização do trabalho docente como uma forma de economizar recursos, mas isso é um erro grave”, afirma a direção da APP-Sindicato, “Professores e pedagogos são fundamentais para o desenvolvimento da sociedade, e eles merecem ser tratados com respeito e dignidade.”
O governo do Paraná, por sua vez, defende que as contratações temporárias são necessárias para atender à demanda por profissionais da educação em regiões remotas e com alta rotatividade. No entanto, os dados mostram que a maioria desses contratos é realizada em áreas urbanas e com baixa rotatividade.
A polêmica sobre a precarização do trabalho docente no Paraná é um reflexo da crise que a educação pública brasileira enfrenta há décadas. É urgente que o governo tome medidas para valorizar os profissionais da educação e garantir a qualidade do ensino oferecido aos alunos.