Apagômetro: A luz da verdade sobre a privatização da Copel

O deputado Arilson Chiorato (PT-PR) conhecido por sua postura crítica e direta, lançou uma ferramenta inovadora que está causando um grande alvoroço no Paraná: o Apagômetro. Esta plataforma online, lançada em 4 de março de 2024, tem como objetivo expor os efeitos prejudiciais da privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel) no Paraná.

O Apagômetro é um instrumento transparente que revela o aumento alarmante de apagões e interrupções no fornecimento de energia em todo o estado após a venda da Copel pelo governo Ratinho Junior (PSD), em 2023. Utilizando informações da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), compiladas pelo Senge-PR, e denúncias do próprio mandato, o Apagômetro destaca que 387 das 399 cidades do Paraná enfrentaram falhas no serviço após a privatização da Copel.

Essa ampla cobertura evidencia a extensão dos problemas que surgiram como resultado da venda da empresa estatal. O deputado Arilson Chiorato relembra que alertas foram feitos sobre a queda iminente na qualidade dos serviços após a privatização da Copel. Os resultados do Apagômetro confirmam essas previsões, com interrupções e quedas de energia afetando significativamente a vida cotidiana dos paranaenses.

Os dados revelam que, do total de reclamações de consumidores registradas em 2023, 66% ocorreram após a privatização. Além disso, o aumento nas reclamações resultou em multas cada vez mais expressivas aplicadas pela ANEEL à Copel1. Entre 2011 e 2018, a empresa pagou em média R$ 69 mil ao ano em multas por reclamações. No entanto, em 2023, esse valor saltou para R$ 503 mil, refletindo a insatisfação crescente dos consumidores.

Uma análise minuciosa dos dados da ANEEL entre setembro e dezembro de 2022, antes da privatização, e no mesmo período de 2023, logo após a privatização, confirma a deterioração na qualidade dos serviços. O “Número de Ocorrências Emergenciais com Interrupção de Energia Elétrica” aumentou de 27 mil para 31 mil de setembro de 2022 para o mesmo mês do ano seguinte. Em dezembro, as ocorrências subiram de 30,3 mil para 35,7 mil.

É importante destacar que não ocorreram intempéries significativas que justificassem o aumento nas interrupções. Em 2023, a média de interrupções no último quadrimestre ficou em 38,2 mil, contrastando com as 30,9 mil ocorrências registradas no mesmo período de 2022. O “Tempo Médio de Preparação”, que mensura o período desde a chegada dos profissionais para atender a uma ocorrência até o início do serviço, passou de 2h17min em setembro de 2022 para 3h50min após a privatização. Esse aumento substancial evidencia não apenas a frequência, mas também a demora no restabelecimento do serviço após as falhas.

Para contribuir com a transparência e coletar dados abrangentes, o Apagômetro oferece à população a oportunidade de registrar suas próprias reclamações sobre falhas nos serviços da Copel. Esta iniciativa é um exemplo de como a tecnologia pode ser usada para responsabilizar as empresas e o governo, garantindo que a voz do povo seja ouvida.

A privatização da Copel é um exemplo claro de como a venda de empresas estatais pode levar a uma queda na qualidade dos serviços e a um aumento nas reclamações dos consumidores. É crucial que continuemos a questionar e a investigar essas decisões, garantindo que as necessidades do povo sejam sempre colocadas em primeiro lugar. O Apagômetro é uma ferramenta poderosa nessa luta, lançando luz sobre a verdade por trás dos apagões no Paraná.


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