Construtoras reconhecem a importância do paisagismo regenerativo em suas obras

A diretriz contribui com a recuperação do meio ambiente e ajuda a criar ambientes mais sustentáveis em meio às grandes cidades 

Poucas pessoas sabem, mas no Brasil, mais de 90% das plantas usadas em projetos de paisagismo não são nativas, segundo estudos do Centro Nacional de Conservação da Flora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (CNCFlora/JBRJ). Isso significa que, mesmo com a maior biodiversidade do mundo, no Brasil, a larga maioria das plantas utilizadas vem de fora – as chamadas exóticas – e isso prejudica o bioma local. Segundo a ONU, a segunda maior causa de perda de biodiversidade no mundo é o uso de espécies exóticas: isso porque muitas vezes elas se reproduzem sem controle, destruindo aquelas que já estavam ali. E é justamente esta a maior importância em disseminar o significado e as técnicas do paisagismo regenerativo, que consiste na utilização exclusiva de plantas nativas, com foco nas endêmicas e em risco de extinção. 

Iago de Oliveira, sócio e consultor de sustentabilidade da Bloco Base, explica que é possível aplicar este conceito em todo projeto e que o custo é o mesmo de um projeto convencional, mas que falta responsabilidade e conhecimento técnico sobre o assunto. “É importante uma atenção maior na origem da vegetação, com atenção para que sejam nativas. Isso tem um potencial gigante para recomposição ambiental de ecossistemas que estão sendo fragilizados”, explica. 

A Bidese Construtora, empresa curitibana reconhecida pelos seus projetos de alto padrão, aposta nesses conceitos em suas mais recentes obras, os empreendimentos Zen e Lemme, localizados na capital paranaense. “Nós não pensamos apenas na valorização do imóvel, aqui vamos além, a vegetação proporciona ganhos importantes em conforto térmico, redução de ruídos, melhora a paisagem da cidade e num âmbito ainda maior, contribuímos com a manutenção do meio ambiente”, comenta Thiago Bidese, CEO da construtora. 

Segundo Iago, nas obras da Bidese, foram selecionadas árvores com identidade paranaense, como o jerivá, araucária, xaxins, manacá da serra, entre outras, explica. Além da consultoria da Bloco Base em ambos os projetos, o paisagismo do Lemme é assinado pelo Escritório Burle Marx, e o do Zen foi concebido por Daniel Nunes. Ambos se destacam por adotar exclusivamente plantas nativas, com especial atenção para as espécies endêmicas, aquelas com distribuição geográfica restrita, e também privilegiando aquelas já ameaçadas de extinção, fazendo desses projetos ferramentas de recomposição ambiental local.

Com a consultoria em sustentabilidade feita pelo Bloco Base, o Zen e o Lemme serão construções mais verdes desde as primeiras fases de projeto e obras, até o pleno funcionamento do condomínio. Além do importante viés no paisagismo, 100% dos resíduos gerados estão sendo reciclados, ambos projetos contam com estudos aprofundados de conforto, para reduzir ao máximo o uso de ar condicionado, os materiais de acabamento são mais saudáveis aos moradores e equipe de obra, os metais e louças economizam água e haverá geração de energia renovável nos dois projetos. Por conta dessas e outras diretrizes, ambos terão os selos GBC Condomínio e GBC Life, que avaliam a qualidade e o compromisso do empreendimento com a construção sustentável e saudável.


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