Estudantes criam soluções inovadoras para a Bosch

Sete equipes de alunos das Engenharias do UniOpet desenvolveram projetos de aplicação prática, orientados por engenheiros da multinacional de engenharia e tecnologia

Inovação, integração e experiência prática no mercado. Com esses objetivos, sete equipes de estudantes dos cursos de Engenharia Mecânica, Civil, de Produção e Elétrica do Centro Universitário UniOpet apresentaram nesta semana seus projetos para a fábrica da Bosch em Curitiba. Desenvolvidos em sala de aula e laboratórios da instituição de ensino, os projetos aplicam soluções inovadoras a produtos já existentes da empresa. Os sete trabalhos foram apresentados no The Connectory Brasil de Curitiba, que integra uma rede internacional de facilitadores para desenvolver novos modelos de negócio, produtos e serviços através das suas comunidades de parceria.

O grupo vencedor da mostra, cuja solução foi premiada pela Bosch, reúne os alunos Pedro Kleist, 25 anos, Matheus Henrique de Oliveira, 22 anos, Felipe Passos de Oliveira, 32 anos, e Débora Tavares Rodrigues, 23 anos, dos 9º e 10º períodos de Engenharia Mecânica.

“A proposta era pegar um produto já existente da Bosch e criar uma aplicação inovadora. No nosso caso, escolhemos uma sonda lambda (sensor de oxigênio) para aplicação em processos clínicos de meio de cultura. Tivemos ajuda dos professores na criação do plano de negócios, e auxílio técnico dos engenheiros da Bosch para a técnica do produto, por exemplo, sobre a aplicação da sonda em meio gelatinoso. Foi uma inovação baseada em uma necessidade prática, buscando a melhoria dos processos no chão de fábrica”, explica Pedro.

Head do Opet Lab, hub de inovação e carreira do UniOpet, Raphaella Caçapava conta que a parceria da instituição com a Bosch prevê a apresentação de projetos integradores – atividades práticas que integram o currículo de todos os cursos da instituição. Os trabalhos devem prever viabilidade prática para as empresas parceiras.

“A parceria faz parte da nossa estratégia de trazer as empresas para ministrarem uma disciplina de forma conjunta com a faculdade, permitindo aos acadêmicos a vivência real no mercado de trabalho. Para isso, ao longo do semestre, a empresa esteve na instituição apresentando o desafio, realizou mentorias com os grupos e uma banca prévia, até chegarmos nesse momento onde os grupos fizeram uma rodada de engenharia de produto e um pitch, pensando no conceito de design thinking (ferramenta para se pensar e resolver problemas), para apresentar novos produtos, modalidades e funcionalidades para os produtos da Bosch”, detalha.

Além da Engenharia, a Escola de Gestão EAD do UniOpet também participou do processo, auxiliando no processo do design thinking, com a consultoria dos alunos Adriana Kulcheski Zalits, Eduardo de Matias e Zenilda Maciel de Oliveira Duarte. Os sete projetos escolhidos trouxeram soluções em ferramentas como sonda lambda, torquímetro, bomba de combustível, bomba de ignição e regulador de pressão.

“O time de inovação da Bosch ficou tão surpreso com a qualidade dos projetos apresentados que vai enviar ao time de engenheiros da companhia todas as sete soluções para uma possível aplicação em seus processos industriais”, completou Raphaella.

 “Os alunos do UniOpet nos ajudaram a desenvolver novos modelos de negócio para outros produtos existentes da Bosch. Os resultados foram espetaculares. Eles apresentaram ideias que a gente nunca tinha imaginado. Este é um programa que certamente daremos continuidade no ano que vem”, disse Marco Knabben, especialista de inovação da Bosch.

O espaço de inovação The Connectory Brasil é dedicado a parcerias com universidades e outras empresas. “Sempre tentamos descobrir qual a melhor maneira de trabalhar com a universidade e outras empresas, buscando inovar em conjunto. Quero parabenizar a todos que participaram desse processo, que é o mesmo que nossos colaboradores vivem dentro da Bosch, quando criam um projeto. As dificuldades que eles enfrentaram e as pessoas com quem trabalharam dentro da empresa, tudo isso faz parte do cenário real. E é justamente esse tipo de vivência que a gente busca gerar com essa interação entre a universidade e o mundo corporativo”, acrescentou Knabben.

Os vencedores

Integrante do grupo, a aluna Débora Rodrigues conta que a experiência foi bastante desafiadora. “Nossa experiência com o projeto foi bem desafiadora. Desde o começo, fomos incentivados a buscar uma ideia, depois elaborar e desenvolver toda a proposta de valor e o modelo de negócio, para então apresentarmos o pitch.”

A ideia do projeto veio de Pedro Kleist, quando ele estagiou em uma indústria de produtos para laboratórios. “No ano retrasado, fiz um estágio na manutenção industrial em uma empresa. Trabalhando no dia a dia, percebi a necessidade de um controle a mais de processo na linha de fabricação de meios de cultura. Sempre quando fazia a manutenção nesse setor, eu pensava: e se houvesse um censor aqui? Já era uma visão de engenheiro. Só que desde então, não dei andamento nessa ideia. Quando surgiu a oportunidade do projeto integrador, com a ajuda dos professores e da Bosch, conseguimos desenvolver um plano de negócios a partir da minha ideia”, relata.

 Segundo Pedro, a intenção do grupo é dar andamento à ideia. “A gente quer dar segmento em conjunto com a Bosch, com o suporte dos engenheiros da empresa. Em paralelo, também queremos apresentar a iniciativa para a empresa onde fiz estágio.”


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