Como o calor pode afetar a saúde do coração?
Nesse período que estamos vivendo sob altas temperaturas, os dois riscos aos quais devemos nos atentar são em relação à pressão baixa e à desidratação. Quando estamos em um ambiente com altas temperaturas, nossos vasos se adaptam fazendo o que chamamos de vasodilatação (que nada mais é do que o aumento do diâmetro desses vasos).
Quando há a vasodilatação, a pressão arterial do indivíduo pode cair, levando a sintomas como mal-estar, sonolência, sensação de desmaio e o desmaio propriamente dito. Também, sob altas temperaturas, perdemos mais líquidos no nosso organismo por meio da transpiração, o que pode piorar esse quadro de pressão baixa ou levar a problemas de alguns órgãos, como os rins.
Nesse caso, como explica a cardiologista Bruna Miliosse, do Hospital Icaraí, podem haver alterações no organismo em decorrência dos fatores citados acima, predispondo o indivíduo à pressão baixa, taquicardia ou até, em casos extremos, aumentar a chance de infarto do miocárdio, principalmente em indivíduos mais frágeis, como os idosos ou aqueles com fatores de risco como o diabetes, o tabagismo e a obesidade.
“A principal dica é beber bastante água. Levar sempre consigo uma garrafinha para poder beber ao longo do dia é uma estratégia que pode ajudar a evitar esses problemas. Também é importante usar roupas frescas e se alimentar regularmente, sem fazer longos períodos de jejum, o que pode piorar o quadro de pressão baixa”, explica a especialista.
Bruna complementa que palpitações, pressão arterial baixa e sintomas como sonolência e desmaios são sinais de alerta e, nesses casos, deve-se procurar atendimento no serviço de emergência mais próximo ao domicílio.
“As pessoas com predisposição a doenças cardiovasculares precisam se preocupar mais com o calor por terem maior tendência a problemas de coração e, por isso, quando expostas a esses fatores estressantes inerentes às altas temperaturas, podem ser mais propensas ao acometimento do sistema cardiovascular. Porém, todos devem se cuidar, pois risco todos têm”, finaliza a médica.