Prefeitura reúne Comitê de Mobilização Contra a Dengue para apresentação do cenário epidemiológico e novas tecnologias

Comprometida com o combate à dengue, a Prefeitura de Maringá envolve toda a sociedade civil organizada, profissionais de saúde e comunidade para adoção de ações de educação e conscientização sobre a doença. Nesta quinta-feira, 30, a Secretaria de Saúde reuniu o Comitê Municipal de Mobilização Contra a Dengue, composto por diversos representantes da comunidade, para apresentação do cenário epidemiológico atual, perspectivas para 2024 e adoção de novas tecnologias. 

O secretário de Saúde, Clóvis Melo, participou da reunião extraordinária do comitê e destacou a necessidade da colaboração de toda a sociedade. De acordo com ele, a reunião foi importante para apresentação dos dados e do cenário enfrentado no Brasil e no mundo. Nas regiões Nordeste e Sudeste do Brasil já há o registro do aparecimento de casos de dengue causados pelo sorotipo 3, que estava desaparecido há 15 anos. 

“Precisamos estar unidos e não podemos deixar de lado os cuidados básicos para eliminação de possíveis focos da doença. A reunião foi importante para que todos tivessem conhecimento do cenário atual e das medidas que são adotadas pelo município. Para combater qualquer sorotipo da doença os cuidados são os mesmos e precisam ser redobrados”, afirmou o secretário. 

Maringá está entre 43 cidades brasileiras selecionadas pelo Ministério da Saúde para adoção de novas metodologias no combate da dengue. Os resultados vão contribuir para a nova política pública nacional sobre a doença. Durante a reunião desta quinta, foram apresentadas as tecnologias que serão adotadas na cidade, conforme recomendação do ministério. Uma das principais ações é a chamada estratificação de risco, ou seja, concentrar atuação constante dos agentes nas áreas com maior incidência. 

As medidas incluem borrifação residual intradomiciliar, para aplicação de inseticida de efeito residual e sem prejuízo ao meio ambiente e para a comunidade, em imóveis com maior circulação de pessoas, como Unidades Básicas de Saúde (UBSs), unidades escolares, Terminal Rodoviário e outros. Também serão instaladas estações disseminadoras, espaços em que a fêmea do mosquito, ao colocar o ovo, levará nanopartículas de larvicida para contaminação de outros pequenos depósitos de água em que posar, como pratos de vasos de plantas. 

Estratégia adotada pelo município, as ovitrampas serão ampliadas para cerca de 1.000 em diversas regiões da cidade. A metodologia consiste na criação de um ambiente para procriação do mosquito da dengue e permite que os agentes acompanhem de forma mais rápida e eficiente a quantidade de mosquito nas regiões, sem que eles se desenvolvam. 

“Participamos de reuniões com a equipe do Ministério da Saúde para aplicação dessas metodologias e estamos preparados para intensificar as ações, com capacitação e treinamento dos profissionais de saúde. As novas tecnologias vão somar forças aos mutirões, trabalho de vistorias nos imóveis, a conscientização nas escolas e, principalmente, aos cuidados individuais que cada um deve adotar”, afirmou o gerente de Zoonoses da Secretaria de Saúde, Eduardo Alcântara.

Crédito: Ana Carolina Alves/Ascom


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