Pets devem ter cuidados redobrados no calor
É chegada a hora das estações mais quentes do ano e já é possível perceber que teremos dias quentes pela frente. Temperaturas acima dos 30º e clima abafado aflige os pets. Embora se para os humanos a temperatura média saudável oscila entre 36,1º e 37,2º, para os cães é um pouco maior: 37,5º a 39,5º; enquanto para os gatos varia entre 38º e 39,2º. Ou seja, o que para uma pessoa já seria febre, para eles ainda é o normal.
Os cães regulam a temperatura do corpo através da respiração. Eles respiram para eliminar ar quente de dentro do organismo e inspirar ar frio. Porém, dependendo do calor, isso é impossível, pois o ar externo já está muito quente e eles não conseguem resfriar seu próprio corpo, provocando um choque térmico.
“No período muito quente, o tutor deve manter o pet sempre em local arejado, sombreado e com circulação de ar, e água fresca com cubinhos de gelo. Quanto aos passeios diários com os animais de estimação é preciso evitar sair nos momentos mais quentes do dia. A exposição prolongada ao calor pode resultar em lesões graves e queimaduras nas almofadas (coxins) das patas dos cães devido ao contato com superfícies quentes. Qualquer sinal de desconforto, o tutor deve procurar o veterinário imediatamente”, orienta a médica veterinária Camila Eckstein, responsável técnica da Bioclin Vet.
Evite sempre ambientes muito gelados, climatizados com ar-condicionado, porque isso pode provocar uma hipotermia séria. “Cães e gatos não gostam de temperaturas extremas, e isso serve para o calor e também para o frio”, observa a diretora da Au!Happy, Simone Cordeiro.
Algumas raças de cães e gatos que têm qualidades físicas específicas sofrem mais com o calor. São os casos dos animais mais obesos, peludos e com focinhos retraídos, como são os casos dos cães das raças pug e buldogue. “Entre os gatos, o persa e o exótico também costumam apresentar dificuldades respiratórias que se agravam nos meses mais quentes do ano”, enfatiza Vininha F. Carvalho, ambientalista, que atua em defesa dos animais e editora da Revista Ecotour News.
No verão é mais comum a proliferação de parasitas, principalmente se o animal for passear por área de praia. Por isso, é importante aplicar a medicação recomendada pelo veterinário. Se o pet não estiver com a vacinação e vermifugação em dia, há o risco potencial dele contrair doenças, algumas que podem levar o animal ao óbito. “Leve a carteirinha de vacinação para a praia como comprovação, uma vez que a lei normalmente prevê essa exigência”, conclui Vininha F. Carvalho.