20 de setembro de 2024

Nova técnica brasileira de mastopexia multiplanos em L ganha destaque internacional

 Os avanços no campo da cirurgia plástica mamária, que tem suas raízes no Brasil, está gerando um interesse global de cirurgiões de diferentes partes do mundo.

estudo recentemente publicado – na mais importante revista de cirurgia plástica do mundo, a Plastic and Reconstructive Surgery – sobre a técnica de Mastopexia Multiplanos em L, comprovadamente segura e eficaz, trouxe uma revolução para o setor, destacando-se notavelmente das técnicas tradicionais.

Diferentemente das abordagens anteriores, a Mastopexia Multiplanos em L enfoca o tratamento das mamas em camadas distintas , incluindo a pele, o músculo, e a glândula mamária, o que permite um remodelamento mais preciso e personalizado. Além disso, a cicatriz em “L”, com cerca de 4 centímetros, é discreta e oferece uma maior liberdade para as mulheres na escolha de roupas e decotes, sem o constrangimento da marca visível.

A mastopexia em L tem suas origens em pesquisas publicadas em 1924, mas foi o cirurgião plástico paranaense Dr. Adel Bark Jr. quem sistematizou e trouxe à tona uma abordagem completamente diferente, que também permite uma cicatriz em L, destacando-se pela sua abordagem multiplanos.

“Ao separar completamente o envelope cutâneo do tecido mamário e do músculo, tratamos esses componentes de forma independente e completa. Essa técnica “considera e trata a desproporção entre o excesso de pele e tecido mamário, que existe em todas as mamas”, comenta Dr. Adel.

Segundo ele, o que verdadeiramente diferencia esta técnica é sua abordagem holística. Enquanto as técnicas convencionais tratam a pele e o tecido mamário “em bloco”, a abordagem multiplanos reconhece e aborda as nuances individuais de cada paciente. “Mesmo em mamas volumosas e com grande ptose, a técnica multiplanos permite entregar estabilidade e a cicatriz reduzida em L”, destaca Adel, que traz em seu currículo mais de 3,5 mil mastopexias multiplanos em L.

O que dizem os cirurgiões estrangeiros

Este diferencial é que tem chamado a atenção de cirurgiões do Brasil e do mundo todo. Recentemente, foi realizado em Curitiba, mais uma edição do curso “Mastopexia Multiplanos em L”, que reuniu cirurgiões do Peru, Argentina, Colômbia, Espanha e Brasil.

Com a sistematização da técnica, mais de 250 cirurgiões brasileiros e de outros 13 países, já foram treinados em Curitiba e estão aplicando os conceitos para suas pacientes.

Um dos cirurgiões que estiveram no Brasil recentemente, no mês de setembro, para aprender a técnica, Dr. Alfredo Hoyos, disse que o tratamento da mama em camadas distintas está mudando paradigmas neste tipo de procedimento. “Este curso vem para revolucionar a técnica de cirurgia mamária tradicional”, afirmou Hoyos, que é o criador da lipo HD e considerado o maior especialista em contorno corporal do mundo.

Já o cirurgião plástico, Federico Flaherty, da Argentina disse que a técnica se difere não apenas por aumentar, reduzir ou levantar, mas sim posicionar de maneira simétrica a relação entre o torso (abdomen) e a mama.”É uma técnica que prioriza a posição e não só o aumento ou caimento da mama. Ela preza por uma anatomia natural e perfeita”, relata Flaherty .

Dados globais sobre cirurgia de mama

No cenário global, a mamoplastia destaca-se como o procedimento estético mais realizado. Em 2020, foram realizados 1.6 milhões de procedimentos de mamoplastia em todo o mundo, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica. 

O Brasil figura como o segundo país no ranking mundial de procedimentos estéticos, com 1.9 milhão de atendimentos ao ano. Desse total, 1.3 milhão são cirurgias, posicionando o país atrás apenas dos Estados Unidos em termos de volume.

Em um cenário onde o Brasil realiza anualmente mais de 100 mil cirurgias para reposicionar os seios, a Mastopexia Multiplanos em L não só coloca o país na vanguarda da cirurgia plástica mamária, mas também promete melhorar a qualidade de vida de inúmeras mulheres.

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