75 mil trabalhadores da saúde estão em greve nos EUA
A maior paralisação de todos os tempos do setor no país
Na manhã da quarta-feira (04/10), mais de 75 mil trabalhadores da Kaiser Permanente, um consórcio que administra serviços de saúde em vários estados americanos, deram início à maior greve do setor já registrada no país. (Como os EUA não têm um sistema de saúde, como o SUS brasileiro, todo o atendimento ao público é feito por empresas privadas.)
Essa greve de três dias, deve durar até amanhã, e pode ter outro episódio em novembro com período mais longo, já afeta o atendimento de quase 13 milhões de pessoas em pelo menos seis estados americanos
Estão paralisados técnicos em radiologia, técnicos em farmácia, assistentes odontológicos, oftalmologistas e centenas de outras equipes de apoio em hospitais localizados na Califórnia, Colorado, Washington, Oregon, Virgínia e Washington, DC.
Entre as demandas dos sindicatos, a principal queixa é a falta de mais contratações, já que a escassez de pessoal tem levado funcionários a exaustão, devido à sobrecarga. Destacam-se também pedidos de aumento salarial em todos os níveis, proteção contra terceirização, condições de trabalho, entre outras.
Esta situação destaca a urgência de encontrar soluções criativas para enfrentar a carência de médicos nos Estados Unidos, um problema em crescimento constante, com projeções indicando um déficit de 5.989 médicos até 2030, incluindo 1.107 médicos de cuidados primários.
Vale lembrar que na tentativa de evitar situações como essa, uma mudança significativa ocorreu recentemente no Tennessee, que se tornou o primeiro estado americano a permitir que graduados em medicina em outros países trabalhem sem a necessidade de frequentar um programa de residência americano, facilitando assim a atuação de médicos estrangeiros (lei HB 1312 de maio/2023). Era necessário que completassem de quatro a sete anos de residência nos EUA, independentemente dessa residência já tendo sido feita em seus países de origem.
O Tennessee passou então a fornecer uma licença provisória durante dois anos, sob a supervisão de um profissional licenciado. Após esse período, estarão liberadas licenças permanentes e irrestritas.
Vinícius Bicalho, advogado licenciado nos EUA, CEO da Bicalho Consultoria, destacou a importância da presença de médicos e profissionais de saúde estrangeiros para enfrentar a crise de escassez no país.
Ele afirma que a lei do Tennessee representa um avanço significativo para facilitar a entrada de talentos internacionais na área da saúde neste momento crítico.
“Temos visto um crescente interesse de profissionais brasileiros em continuar suas carreiras nos EUA. Esse é o momento oportuno! Os Estados Unidos estão buscando imigrantes qualificados”, destaca Dr. Vinícius.
Mas alerta para a importância da legalidade na imigração: “No entanto, é fundamental que a situação legal de quem migra esteja em ordem.” – explica o advogado.
Para legalizar profissionais de saúde, e diversas outras áreas de atuação, em mercado americano, a Bicalho Consultoria, especializada em questões de imigração, impostos federais e negócios internacionais, disponibiliza sua vasta experiência em vistos para profissionais qualificados, oferecendo orientação e assistência em todas as etapas do processo (até a aquisição de green-cards).