Preservação do meio ambiente e preocupação com a saúde estão entre os temas vencedores da 5ª FeNaDante
Após a avaliação de 138 projetos finalistas e o envolvimento de 250 estudantes do Brasil e do exterior, o Colégio Dante Alighieri anunciou, no último sábado (30), os vencedores da quinta edição da Feira de Ciências e Tecnologia das Nações Colégio Dante Alighieri, a FeNaDante,.uma das maiores do país. O evento tem como um de seus principais objetivos a divulgação das pesquisas de pré-iniciação científica de estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, promovendo a integração e o compartilhamento de experiências.
Em 2023, os projetos se preocuparam essencialmente em melhorar a vida em sociedade. Entres todos os primeiros e segundos colocados, numa soma de 25 projetos, dez foram dedicados a temas ligados à sustentabilidade, como:
– Projeto que desenvolveu a montagem de uma refletora de baixo custo e com aumento da eficiência de geração de energia por painéis fotovoltaicos. Para aumentar o fluxo solar incidindo na placa solar, os estudantes de São Paulo usaram um espelho esférico. Além disso, eles fizeram um mecanismo inteligente em que a esfera se move em direção ao sol ao longo do dia, para aproveitar ainda mais a luz solar. Em seus primeiros experimentos, o grupo chegou a uma economia de quase metade do valor gasto para produção de energia. PRÊMIO OURO NA CATEGORIA ENGENHARIA
– Comparação do rendimento de biodiesel a partir do uso de diversas fontes oleaginosas. Os alunos de Londrina (PR) quiseram produzir biodiesel a partir do uso de diferentes fontes oleaginosas e estabelecer um comparativo de qual possui um melhor rendimento. Até o momento, eles concluíram que o biodiesel feito a partir do óleo de soja foi o que obteve melhor rendimento. PRÊMIO OURO NA CATEGORIA CIENCIAS EXATAS E DA TERRA
– Um dos projetos internacionais que ganharam ouro se preocupa em solucionar um antigo problema na agricultura da cidade mexicana de Acatlán de Pérez Figueroa: a poluição no solo, que faz com que cerca de 93% da área cultivável com perda considerável de fertilidade, além do alto custo dos fertilizantes. Os alunos mexicanos investigaram sobre a utilização do húmus de minhoca para trazer benefícios aos solos. PRÊMIO OURO NA CATEGORIA INTERNACIONAL
Outros seis se propuseram a encontrar soluções na área da saúde, tais como:
– MEDTEC: software de inteligência artificial para análise de hemogramas e otimização de diagnósticos médicos. O estudante paulistano quis desenvolver um sistema de machine learning baseado em redes neurais artificiais e deep learning que permitiria a análise de um percentual de doenças. PRÊMIO OURO NA CATEGORIA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
– Projeto: “A construção social da Solidão e seus riscos para a saúde mental de adolescentes”. Empenhado em entender o processo de solidão entre seus pares, o aluno de São Paulo aplicou um questionário que conclui, entre outros achados, que: a solidão no grupo estudado está diretamente relacionada ao corpo e a critérios de saúde mental da OMS de “não estar bem consigo mesmo e com os outros” e “não buscar ajuda quando necessário”. PRÊMIO PRATA EM CIÊNCIAS HUMANAS
Destacam-se, ainda, o número de projetos premiados voltados à inclusão, como os que se debruçaram na melhoria das condições de vida dos cegos:
– Realidad de los estudantes con discapacidad visual. Os estudantes da cidade de Lambaré, no Paraguai, verificaram que, mesmo nas instituições inclusivas pesquisadas no projeto, os cegos ainda vivem dificuldades como provocações, bullying e falta de materiais. PRÊMIO PRATA NA CATEGORIA INTERNACIONAL
– Teccnologias assistivas aplicadas ao deslocamento de pessoas cegas e de baixa renda em espaços públicos. Os alunos de Guarapari, no Espírito Santo, construíram um protótipo funcional que permite a detecção de obstáculos a partir da proximidade de alguns metros, emitindo uma frequência sonora audível para evitar que o sujeito se depare com obstáculos, possibilitando a locomoção em áreas desconhecidas. PRÊMIO PRATA NA CATEGORIA ENGENHARIA
Nesta edição da feira, foram no total seis projetos ligados à inclusão de algum tipo de deficiência. Um deles foi premiados com o terceiro, um deles criou um modelo de Sistema Solar para deficientes visuais.
Sobre o Colégio Dante Alighieri – Fundado pela comunidade italiana em 1911, o Dante é um colégio que tem conseguido de forma eficiente unir sua tradição à inovação. Atende alunos desde os três anos até a terceira série do Ensino Médio. Oferece o ensino bicurricular italiano e brasileiro, o curso Ecce, e tem também o High School. Com seu programa de pré-iniciação científica estimula a investigação e resolução de problemas sendo um dos mais premiados do Brasil em competições científicas internacionais. A abordagem da tecnologia e da experimentação científica começa já na educação infantil. Conta com infraestrutura atualizadíssima em termos de tecnologia, literatura, artes e ciências – com um dos mais proeminentes museus escolares de História Natural do Brasil. A proposta educacional se ampara na excelência do ensino para a formação de um indivíduo com consciência de suas possibilidades e limitações, munido de uma cultura que lhe permita conhecer e compreender o mundo e refletir criticamente sobre o papel dos seres humanos na sociedade.