Presidente do Banco Central do Brasil participou da palestra “Cenário econômico e Agenda BC#”, durante o 35º Congresso Nacional Abrasel
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, falou sobre o atual momento econômico do país, durante sua participação na palestra “Cenário econômico e Agenda BC#”, no Congresso Abrasel. Campos Neto afirmou que grande parte do mundo está tendo uma queda na inflação, mas ressaltou que o Banco Central do Brasil foi o primeiro a subir os juros para conseguir esta baixa.
“A saída da pandemia gerou um surto inflacionário. As pessoas estavam em casa, não consumiam serviços, mas recebiam auxílios e consumiam bens. Com isso, a inflação de bens subiu e de serviços caiu. Houve uma ilusão de que quando tudo voltasse ao normal, as pessoas voltariam a consumir serviços e assim, tudo iria se reequilibrar”, afirma Campos Neto.
Ao fazer uma análise do Brasil em relação à economia mundial, o presidente do Banco Central afirmou que Brasil e Chile tem mais destaque na questão da queda de inflação. Além disso, ressaltou que o país vive uma expectativa de queda de juros, e que a desaceleração de crédito foi muito menor do que o restante do planeta.
Outros pontos de destaque durante sua palestra foram que “o Brasil tem conseguido reduzir a inflação com impacto atenuado sobre o nível de atividade”, e que também se percebe uma desaceleração no saldo de crédito no Brasil bem menor se comparado com a maior parte dos países.
Pix
Idealizado pelo Banco Central do Brasil, o Pix foi implantado no Brasil em 2020, em meio à pandemia. Sobre a ferramenta, Campos Neto afirmou que muitos países também tentaram modelos de pagamento instantâneos, mas a adesão e popularização do Pix se deveu muito à avidez dos brasileiros por digitalização. “O pix gerou inclusão, eficiência, novos modelos de negócio”, finaliza Roberto Campos Neto.
Serviço:
35º Congresso Nacional Abrasel | Mesa ao Vivo Brasília
16 a 17 de agosto