Rede Democracia e Direitos Humanos divulga manifesto contra o Marco Temporal

A Rede Democracia e Direitos Humanos – uma hub de organizações e movimentos voltada para a comunicação popular e a criação de uma agenda comum em parceria com movimentos, organizações e instituição que visam uma democracia inclusiva no país – participa do Dia Internacional dos Povos Indígenas (9 de agosto) com um manifesto contra o Marco Temporal.

A Rede Democracia é comprometida com a ordem democrática, plural e respeitadora dos direitos humanos. Defendemos as liberdades de expressão e de imprensa como direitos importantes em uma democracia. No momento, a Rede Democracia e Direitos Humanos prepara o seu lançamento para o final de setembro, em uma das aldeias Guaranis no Pico do Jaraguá, em São Paulo, sob o lema ‘Não ao Marco Temporal’.

“Vemos a proposta do Marco Temporal como um instrumento de destruição da biodiversidade, de legitimação e perpetuação do genocídio dos povos indígenas do Brasil. Nosso propósito é unir a sociedade brasileira para lutar, junto com os povos indígenas, pela demarcação de suas terras – assim como as terras dos quilombolas –, e pela preservação dos biomas brasileiros”, explica Fred Ghedini, um dos organizadores da Rede Democracia e Direitos Humanos.

Os dados do IBGE apontam que a população indígena do país chegou a 1.693.535 pessoas, pouco mais da metade (51,2%) da população indígena está concentrada na Amazônia Legal. “Acompanhamos a Cúpula da Amazônia, que acontece em Belém, e impressiona os números que dão muito mais razão à luta contra o Marco Temporal. No Brasil, uma comparação possível é que o desmatamento em terras indígenas nos últimos 30 anos foi de 1%. Assim, a proposição do Marco Temporal, além de constituir ameaça à existência dos povos indígenas do Brasil, representa grave risco à existência de toda a humanidade.

Como a atual legislatura – Câmara e Senado – quer passar para a história? Como aqueles que contribuíram para a aceleração do colapso climático? Se a resposta for não, e esperamos que o Senado não aprove do PL 2903/2023, o Poder Legislativo brasileiro estará do lado da maioria da população, que defende a continuidade da vida sobre a Terra, e não de um punhado de gente que quer continuar desmatando e que tem terras sobrepostas às terras indígenas no país”, conclui Fred Ghedini.

Leia aqui o Manifesto da Rede Democracia


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