22 de setembro de 2024

Cursos de micropigmentação devem orientar sobre higienização

Um dos maiores problemas da maioria dos cursos de formação de profissionais em micropigmentação está na ausência de informações sobre higienização e cuidados para evitar contaminação durante os procedimentos. Quem planeja trabalhar com micropigmentação precisa ficar atento. O procedimento estético acontece através da aplicação de pigmentos na pele com objetivo de melhorar a aparência de sobrancelhas, olhos e até mesmo no contorno dos lábios, no entanto, a questão da higiene muitas vezes acaba sendo negligenciada.

“O volume de novos profissionais que chega ao mercado é enorme, mas nem todos saem de seus cursos com este aprendizado. Para um profissional ser considerado qualificado é necessário que ele entenda como manter seu ambiente de trabalho limpo, esterilizado e adequado para minimizar riscos de contaminação” explica Ezequiel Criminacio, diretor-geral da Haut Medical.

Carol Lorencetti, especialista em micropigmentação da Haut, afirma que é necessário ter muito cuidado com o descarte correto da agulha, do batoque, das luvas, do algodão e outro materiais descartáveis:

“O problema maior vem dos materiais e superfícies não descartáveis que geralmente são responsáveis pela contaminação cruzada, isto é, quando um micro-organismo passa de um hospedeiro para a superfície, e da superfície para outro hospedeiro”.

Carol explica que o ideal é que o micropigmentador, durante o procedimento, aprenda a não tocar em superfícies que possam estar contaminadas como telas de celular, puxadores de gavetas e tampa de produtos com luvas contaminadas. Caso isso ocorra, o correto é a higienização com solução de clorexidina ou álcool 70%, assim como toda superfície que teve contato com material biológico – incluindo a cabeceira da maca.

Atenção com as agulhas

Angela Graciano, especialista em micropigmentação da Haut, diz que quando um profissional pega a agulha para iniciar o procedimento de higienização, muitos clientes têm uma reação de espanto e parece que só nesse momento se dão conta da seriedade envolvida nesse procedimento:

“Além de toda biossegurança envolvida com o local e o profissional, é importante alinhar as expectativas e explicar o que está sendo feito para as clientes que se sentem mais tranquilas por visualizar que está sendo usado material totalmente estéril e descartável”.

Higiene pessoal

Para Carol Lorencetti, o ato de lavar as mãos, antes e após o atendimento ao cliente, deveria ser um hábito corrente dos profissionais de micropigmentação em nossos dias.

O uso de luvas não dispensa o ato de lavar as mãos, antes e após qualquer procedimento e o álcool 70% é um processo complementar à lavagem das mãos.

Hábitos de higiene pessoal como jalecos e roupas limpas, unhas aparadas, cabelos sempre presos e protegidos e uso de E.P.I.s como máscaras descartáveis em cada procedimento devem ser adotados diariamente: “Quem está aprendendo a profissão precisa ficar atento com esses detalhes e procurar cursos responsáveis que realmente se preocupam em explicar estas medidas” completa.

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