Programa “Desenrola Brasil” pode ajudar 30 milhões de brasileiros; veja outros conselhos para se livrar do vermelho

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71,9 milhões de pessoas inadimplentes em maio de 2023, o que significa que, aproximadamente, 35% da população do país está no vermelho

Quem nunca se viu em apuros financeiros ou acumulou dívidas ao longo da vida? Essa situação estressante e desafiadora tem afetado muitos brasileiros. O Mapa de Inadimplência e Negociação de Dívidas no Brasil, do Serasa, registrou cerca de 71,9 milhões de pessoas inadimplentes em maio de 2023, o que significa que, aproximadamente, 35% da população do país está no vermelho.

Para diminuir o endividamento do país, o Governo Federal lançou o “Desenrola Brasil”, que garante facilitar a renegociação de dívidas da população. A iniciativa foi oficializada no dia 6 de junho e já começou a ser operada. Neste momento, o programa vale apenas para pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil e que as dívidas foram inscritas em cadastros de inadimplentes até 31 de dezembro de 2022. 

Os interessados em participar do programa devem procurar os canais oficiais de atendimento da instituição financeira (agências bancárias, internet ou aplicativo) e solicitar a renegociação. Além disso, brasileiros com dívidas em atraso de até R$ 100 com bancos terão o nome limpo.

Apesar da inadimplência ser um momento delicado, não precisa ser eterno. Com planejamento, disciplina e algumas estratégias inteligentes, é possível se livrar das dívidas e recuperar sua estabilidade financeira. O mentor de empresários, André Minucci, comenta que é necessário fazer uma análise e estabelecer um plano para sair do aperto.

“Pagar dívidas pode parecer um desafio assustador, mas com um plano estruturado é possível alcançar essa meta. Esse é um processo que requer paciência e comprometimento. Apesar de ser um momento difícil, ter uma mentalidade positiva é importante para chegar ao fim dessa situação e ter uma vida financeira mais saudável”, enfatiza Minucci.

Para orientar as pessoas que estão inadimplentes, que pretendem entrar no programa do governo ou não, André Minucci dá 5 dicas para ajudar a se libertar das dívidas.

Conheça sua situação financeira atual: antes de começar a traçar um plano para acabar com as dívidas, o primeiro passo é ter um panorama claro da sua situação atual. Liste todos os seus ganhos e despesas, incluindo dívidas e parcelamentos em andamento. Essa análise, lhe permitirá entender melhor como seu dinheiro está sendo gasto e identificar áreas onde é possível fazer ajustes.

Priorize suas dívidas: ao conhecer todas as suas dívidas, é hora de priorizá-las. Identifique aquelas com as taxas de juros mais altas e comece a focar nelas. Essas são as que consomem mais recursos financeiros e atrasam seu progresso rumo ao fim da dívida. Ao priorizá-las, você pode economizar em juros e acelerar o processo de pagamento. 

Evite o uso descontrolado do cartão de crédito: o cartão de crédito pode ser um aliado ou um inimigo das suas finanças pessoais, dependendo de como é utilizado. Segundo dados da Serasa, o cartão é a maior causa de inadimplência do Brasil, na frente do varejo e utilidades (contas básicas, como água, luz e gás). Portanto, use o cartão de crédito com responsabilidade, pagando o valor total da fatura sempre que possível e evitando compras por impulso.

Renegociar com os credores: entre em contato com seus credores e explique sua situação financeira. Muitas vezes, eles estão dispostos a renegociar as condições de pagamento, reduzindo as taxas de juros ou estendendo os prazos. O programa Desenrola Brasil é uma boa alternativa para botar em prática essa etapa, então se você se enquadra nos requisitos para participar e uma boa chance de aproveitar. Essa negociação pode aliviar a pressão financeira e tornar o pagamento das dívidas mais gerenciável.

Eliminar gastos desnecessário: após fazer uma análise de seus gastos e identificar as áreas onde é possível economizar. Corte despesas desnecessárias, como assinaturas não utilizadas, refeições fora de casa ou compras impulsivas. Redirecione o dinheiro economizado para o pagamento de suas dívidas. Pequenas mudanças nos hábitos de consumo podem fazer uma grande diferença a longo prazo.

“Uma dica extra é começar um treinamento de inteligência emocional. Assim como na saúde, as emoções desempenham um papel importante nas decisões financeiras, podendo nos levar a compras impulsivas ou a ignorar problemas financeiros. 

Por isso, procure ajuda de um profissional e desenvolva habilidades, como autoconsciência, autorregulação e empatia. Tudo isso pode te ajudar a evitar comportamentos financeiros prejudiciais e promover uma relação mais saudável com o dinheiro”, finaliza Minucci


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