Ala militar da Jihad Islâmica lamenta mortes de terroristas e os identifica como membros do grupo
A organização publicou comunicado na quarta-feira (05) chamando terroristas mortos de “mártires do povo palestino”
As Brigadas Al-Quds, ala militar do Movimento da Jihad Islâmica afirmaram, na quarta-feira (05), que oito dos mortos em Jenin eram seus membros. Em comunicado oficial, lamentaram os falecimentos e declararam que “o sangue dos mártires permanecerá como uma lâmpada brilhante em direção ao caminho da glória e da dignidade”. Disseram, ainda, que “a resistência não vai parar, e o sangue dos mártires será combustível para a continuação do confronto e da luta até a libertação”.
Segundo a nota, os mártires das “Brigadas Quds” são: o comandante do Batalhão de Jenin, Ahmed Al-Amer, os mártires Samih Abu al-Wafa, Majdi Arrawi, Aws Hanoun, Ali al-Ghoul, Abd al-Rahman Hardan, Hussam Abu Dhiba e Nour al-Din Marshood. As “Brigadas Quds” lamentaram em seu comunicado os outros quatro mártires do povo palestino que também morreram durante a batalha de “Bass Jenin”: Jawad Nairat, Muhammad al-Shami, Uday Khamaysa e Mustafa Qassem.
As mortes aconteceram durante a maior ação militar de Israel em Jenin, em 20 anos iniciada na noite do último domingo (02). A operação durou 40 horas e teve seu fim na terça-feira (04). Israel atacou alvos das Brigas de Jenin e da Jihad Islâmica e matou 12 terroristas armados. Não houve vítimas fatais civis. Um centro de controle com mais de 100 câmeras de monitoramento foi destruído. A ação foi uma resposta à crescente tensão entre Israel e terroristas palestinos, que vem intensificando seus ataques nas últimas semanas.
André Lajst, cientista político especialista em Oriente Médio e presidente executivo da StandWithUs Brasil, explica que é importante que os mortos sejam identificados como terroristas. “O exército de Israel faz o possível para não atingir civis. É fundamental que os mortos na operação em Jenin sejam identificados pelo seu verdadeiro nome: terroristas, como a própria Jihad Islâmica reconheceu”.