Empresa estima que até 72 mil novos consumidores poderão migrar ao mercado livre de energia
Prevista para janeiro de 2024, mudança regulatória deve atrair indústrias e empresas de médio porte que querem maior flexibilidade na contratação
A abertura do mercado livre para todos os consumidores da alta tensão, que deve ocorrer a partir de janeiro de 2024, trará um potencial inicial de migração de até 72 mil novas unidades consumidoras para o ambiente, segundo estudo feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. A mudança, prevista na Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia – MME, poderá atrair indústrias, empresas e redes de serviços e varejo de médio porte para o segmento, no qual é possível escolher o seu fornecedor e ter maior flexibilidade na contratação do insumo.
Para Talita Porto, vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE, “esta etapa da abertura contínua do ambiente livre deve gerar oportunidades não só para consumidores, mas também para as comercializadoras, com a geração de novos negócios. O setor elétrico brasileiro deve ficar mais competitivo e a sociedade só tem a ganhar com isso.”
Atualmente, existem 202 mil pontos de consumo ligados na alta tensão. Desse total, de acordo com as estimativas da CCEE, 165 mil unidades ainda estarão no mercado regulado ao final de 2023. Entre essas cargas, projetamos que até o fim de 2023, 93 mil se beneficiam do modelo de micro e minigeração distribuída, que tem a possibilidade de migrar, mas devem ter pouca viabilidade econômica para realizar essa mudança. Ficam, portanto, as 72 mil fábricas, escritórios e estabelecimentos comerciais com potencial para aderir ao segmento livre a partir de janeiro do ano que vem.
Sobre a CCEE
A CCEE é uma associação civil sem fins lucrativos responsável por tornar possível a compra e a venda de eletricidade no país e garantir que esse insumo essencial chegue à população e aos setores produtivos. Desde 1999, reúne geradores, distribuidores, comercializadores e consumidores em um único propósito: desenvolver mercados eficientes, inovadores e sustentáveis em benefício da sociedade. Em suas operações, que envolvem tanto o ambiente de contratação livre como o regulado, liquida anualmente mais de R$ 150 bilhões.