Combate às fake news é dever de todos e começa na sala de aula

Combater as fake news e os discursos do ódio são objetivos essenciais na construção da nossa sociedade digital, afirma especialista

Especialista em Publicidade e Educação debate os desafios na formação dos futuros profissionais diante do amplo cenário de desinformação

A desinformação não é uma temática nova. Desde tempos remotos, em todo o mundo, a desinformação é utilizada para atingir objetivos políticos, sociais e econômicos junto à opinião pública. Contudo, as ferramentas digitais fizeram com que a proliferação da desinformação se tornasse assustadora, abrindo precedentes para que qualquer indivíduo publique o que desejar, sem controle. A análise é da professora e jornalista Viviane Ongaro, mestre e doutora em Educação, que leciona no curso de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário UniOpet.

“A regulamentação digital no combate às fake news é importante para oferecer algum controle, com ética e responsabilidade. A tecnologia e as redes sociais são de extrema importância para o desenvolvimento humano, mas é preciso ter consciência de que elas também deram voz ao preconceito e a inúmeros grupos extremistas que estavam camuflados, proliferando seus conteúdos de forma inverídica”, avalia.

O grande debate gira em torno da liberdade de expressão. “Mas é preciso atenção: liberdade de expressão não pode ser confundida com liberdade de espalhar preconceitos e praticar crimes digitais. A PL surgiu a partir desse cenário e tem polemizando as chamadas big techs, que dominam o mundo tecnológico”, ressalta Viviane.

O caminho é longo para conseguirmos esse controle da propagação das fake news via regulamentação, segundo a especialista. “Um desses caminhos é a mídia-educação, que faz com que a sociedade seja educada midiaticamente. A sociedade não sabe fazer leitura crítica da mídia, e isso é preocupante. É importante que essa temática chegue às escolas, e aos docentes. Todos precisam compreender e debater esse universo, de forma crítica e analítica.”

“A mídia-educação hoje é um mecanismo que pode auxiliar a situação do combate à desinformação. O mundo digital faz parte de todas as nossas realidades e não irá desaparecer, é um caminho sem volta. Mas a discussão da presença midiática e desses mecanismos em sala de aula é lenta. Precisamos compreender o mundo digital e da comunicação, entendê-los, analisá-los, com essa visão abrangente”, enfatiza Viviane.

E como os cursos de Comunicação Social podem contribuir nesse processo? “Com nossos alunos de Publicidade e Propaganda, temos um projeto integrador no 5º período com a proposta de debater a sociedade na cultura digital, os impactos sociais e os reflexos em relação à desinformação, tendo como objetivo a contribuição da Publicidade. Os alunos foram divididos em duas equipes, promovendo material publicitário como se o cliente fosse uma escola, um grupo voltado aos professores e outro voltado aos alunos (do ensino fundamental ou médio)”, explica a professora.

Sobre‌ ‌o‌ ‌UniOpet‌ ‌ 

O‌ ‌Centro‌ ‌Universitário‌ ‌UniOpet‌ ‌tem‌ ‌a‌ ‌sua‌ ‌formação‌ ‌apoiada‌ ‌na‌ ‌experiência‌ ‌de‌ 50 ‌anos‌ ‌de‌ ‌ensino‌ ‌do‌ ‌Grupo‌ ‌Educacional Opet, cujo‌ ‌pioneirismo‌ ‌e‌ ‌‌espírito‌ ‌empreendedor‌ no Paraná ‌são‌ ‌características‌ ‌marcantes‌ e ‌fazem‌ ‌parte‌ ‌do‌ seu ‌DNA‌.‌ ‌Em dois campi (Centro Cívico e Rebouças), com 37 cursos de graduação nas modalidades presencial e EAD, e 33 cursos de pós-graduação, o‌ ‌trabalho‌ ‌do‌ ‌UniOpet é dedicado à formação de profissionais para o mercado de trabalho, indo além do ensino, com enfoque na empregabilidade de seus estudantes. Sua missão é oferecer a preparação para transformar o mundo, por meio de uma educação de qualidade, alinhada à realidade do mercado e atenta à prática profissional. 


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