Conflito é retaliação do grupo terrorista Jihad Islâmica contra a Operação Escudo e Flecha, realizada pelos israelenses nesta semana, que resultou na morte de três de seus líderes
Mais de 300 foguetes foram disparados contra Israel nas últimas horas por grupos terroristas baseados na faixa de Gaza, de acordo com a mídia israelense. Pelo menos uma casa em Sderot foi atingida. Sirenes de alarme foram ouvidas em Ashdod, Gan Yavneh e Palmachim, e pouco tempo depois os ataques se espalharam para o centro do país, e os alarmes foram ouvidos em Rishon Lezion, Yavneh, Ramat Gan, Bnei Brak, Givatayim e leste de Tel Aviv.
O lançamento dos projéteis em direção ao território israelense começou nesta quarta-feira (10) depois que as Forças de Defesa de Israel (IDF) identificaram o movimento de membros da Jihad Islâmica Palestina preparando foguetes para serem lançados contra Israel e, portanto, realizaram uma série de ataques aéreos contra os locais de lançamento, disse o porta-voz militar contra-almirante Daniel Hagari a repórteres.
O sistema de defesa antimísseis Iron Dome interceptou a maior parte dos projéteis. Moradores receberam ordens de permanecer nas áreas protegidas.
O conflito atual é uma retaliação da Jihad Islâmica à Operação Escudo e Flecha, lançada na madrugada de segunda (08) para terça (09) pela IDF, que contou com uma série de ataques aéreos surpresa contra o grupo terrorista na Faixa de Gaza, tendo como alvos três de seus líderes seniores. A operação ocorreu depois que a organização e outros grupos terroristas dispararam mais de 100 foguetes contra casas e famílias israelenses, nos dias 2 e 3 de maio, após a morte de um prisioneiro palestino que fazia greve de fome e recusou qualquer tipo de atendimento médico numa prisão israelense, fato usado pela Jihad como pretexto para ataques contra civis israelenses.
A Jihad Islâmica é um grupo terrorista fundado no final dos anos 1970 que jurou destruir Israel e substituí-lo por um estado islâmico que abranja o território como era antes de 1948, incluindo a Cisjordânia e Gaza. Contando com financiamento iraniano estimado por Israel em dezenas de milhões de dólares anualmente, a Jihad Islâmica tem sedes na Faixa de Gaza, Cisjordânia, Beirute e Damasco, além de ter a segunda maior rede armada em Gaza, atrás apenas do grupo militante Hamas, que controla a região. O grupo possui um arsenal significativo de foguetes, morteiros, foguetes e mísseis antitanque e, embora números atualizados não sejam divulgados, estima-se que o grupo conte com pelo menos mil a alguns milhares de homens armados.
Até o momento, o ministério da saúde palestino, administrado pelo Hamas, relatou 17 mortes e 37 feridos desde o início da operação militar. Sobre o assunto, André Lajst, cientista político especialista em Oriente Médio e presidente executivo da StandWithUs Brasil, frisa que “o Exército Israelense faz de tudo para que civis não sejam atingidos nos bombardeios em Gaza. A Força Aérea Israelense é a força aérea mais precisa do mundo e investe milhões de dólares para fazer com que não existam fatalidades. Enquanto isso, os terroristas palestinos da Jihad Islâmica e do Hamas fazem de tudo para de fato atingir civis israelenses. Enquanto Israel lamenta e se desculpa por eventuais fatalidades de civis que aconteçam na Faixa de Gaza, os terroristas comemoram quando há um civil israelense morto pelos foguetes que eles lançam ou por outros atentados terroristas a facas ou a tiros. Enquanto eles usam civis como escudo, Israel protege os civis com suas forças armadas, essa é a grande diferença. É necessário sabermos distinguir os grupos terroristas palestinos Jihad Islâmica e Hamas da população civil palestina e jamais comparar o exército de Israel, um país democrático responsável, com grupos terroristas sem qualquer responsabilidade perante a lei internacional nem preocupação com a população controlada por eles”.