Fórum Oncoguia: Promovendo o diagnóstico precoce do câncer de pulmão
Em Brasília, durante os dias 9 e 11 de maio, vai acontecer o 13º Fórum Nacional Oncoguia, um dos maiores eventos de discussão sobre o câncer no Brasil. O evento contará com mesas que discutirão temas relacionados ao diagnóstico do câncer de pulmão: “Dificuldade de acesso ao diagnóstico: como podemos avançar?” (dia 10, às 9h00) e “Compromisso pelo Diagnóstico Precoce do Câncer: Oncoguia e Sociedades Médicas de Especialidades” (dia 11, às 15h).
Em maio, mês em que se celebra o Dia Mundial Sem Tabaco (31), especialistas chamam a atenção para a importância do diagnóstico precoce do câncer de pulmão, o mais letal entre todos os tipos de câncer, mas também uma das áreas mais desenvolvidas da medicina personalizada. No Brasil, 91% dos casos da doença são diagnosticados nos estágios mais avançados ou metastáticos, em que o tratamento é mais difícil e custoso. Os médicos e as associações de pacientes têm colocado em pauta a necessidade de uma política de rastreamento para pessoas de alto risco, que tem potencial de reduzir em até 20% a mortalidade pela doença.
Além disso, uma vez diagnosticado o câncer de pulmão, testes que revelam as alterações genéticas específicas daquele tumor permitem identificar os pacientes que podem se beneficiar do tratamento adequado ao seu perfil, aumentando as chances de cura ou dando-lhes a possibilidade de viver por mais tempo. Esse diagnóstico preciso é decisivo inclusive no caso de não fumantes que apresentam a doença – em torno de 30% dos casos – e frequentemente têm tumor com características genéticas singulares.
Para colaborar com a mudança do cenário brasileiro, uma iniciativa pioneira, fruto de uma parceria entre o Real Hospital Português (PE) e a farmacêutica Roche, realiza o rastreamento para o câncer de pulmão, utilizando também ferramentas de inteligência artificial na navegação dos pacientes.
Para abordar esses temas, poderão ser entrevistados o Dr. Gustavo Prado, pneumologista e coordenador da Comissão de Pneumologia do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica; Michelle França, diretora médica da Roche Farma Brasil; e Claudia Lopez, paciente de câncer de pulmão e voluntária Oncoguia. Aos 49 anos, em 2014, apesar de nunca ter fumado, a moradora do Distrito Federal foi diagnosticada com a doença em estágio avançado. Em 2021, ela completou o Caminho de Santiago de Compostela, trajeto de quase 800 km, após ter retirado 40% do pulmão direito durante o tratamento.