A comunicação transformada em valor
Por José Marcos Baddini
De nada adianta a definição na “ponta da língua” se a área responsável pela comunicação em uma organização (seja qual for o seu tamanho) ainda não se encontra no centro das decisões estratégicas. Esse é o princípio fundamental da Comunicação Corporativa para que a comunicação seja realmente transformada em valor, não apenas econômico, mas principalmente moral. É fato que a comunicação com seus públicos estratégicos, os stakeholders, é algo muito importante para qualquer organização, independentemente do seu tamanho, segmento de atuação ou maturidade.
A Comunicação Corporativa é a área responsável pela definição das estratégias capazes de agregar valor nesse sentido, já que ela integra o plano tático de iniciativas que envolve o relacionamento e a experiências junto a todos os colaboradores de uma organização e o planejamento de comunicação externa, responsável pela construção da imagem e da reputação perante os demais públicos.
Comunicação Corporativa é mais do que apenas a forma como a organização se comunica junto aos seus públicos de interesse. Ela é a voz da organização, pois é responsável por tudo que a organização trabalha e pensa em termos de imagem e reputação, seja através dos mais diversos canais ou ferramentas, como blogs, publicações, e-mails marketing, redes sociais, e por meio de suas próprias lideranças e principalmente dos colaboradores enquanto porta-vozes ou “embaixadores de uma marca”.
O ponto mais importante a ser trabalhado pela Comunicação Corporativa é o alinhamento narrativo entre todos os públicos (o interno, principalmente) de uma organização para que toda e qualquer mensagem possa ser transmitida com efetividade e consistência.
Sejam o que ensina Adriano Zanni, diretor de Engajamento e Comunicação com Empregados do Grupo Trama Reputale: “A Comunicação Corporativa é o campo de estudo que tem como missão trabalhar a reputação organizacional, conectando pessoas e marcas, propósitos e desafios estratégicos de negócios, seja no on ou no offline. Ela se faz coletivamente e deve ser vista como algo que está na responsabilidade de todos que a integram, das áreas mais operacionais, passando pela gestão de pessoas, áreas de backoffice, médias lideranças e todo o board. Ela se faz para e com essas pessoas, afinal toda organização é um organismo vivo e, ao mesmo tempo, singular, único”.
Claro que grande parte dos olhares da Comunicação Corporativa geralmente encontra-se voltado aos stakeholders externos de modo a trabalhar a construção da marca. Mas, pensar primordialmente nos colaboradores que atuam dentro da organização é algo que não se pode deixar de lado, afinal, pois são eles os principais construtores e como consequência divulgadores da marca.
Essa perspectiva é de grande importância, principalmente em momentos de vulnerabilidade ou crise, quando os colaboradores se sentem mais expostos e temem sobre o próprio futuro, necessitando de acolhimento e direcionamentos que deixem claras as atitudes ou comportamentos deles esperados, mormente em termos de desenvolvimento de carreira e integração de equipes.
Por meio de uma Comunicação Corporativa verdadeiramente estratégica, embasada em narrativas alinhadas de forma consensual, sobretudo junto às lideranças da empresa, é possível conseguir fortalecer a cultura organizacional, melhorar o clima externo como um todo (gestores e colaboradores), fortalecer a marca e fomentar um diferencial competitivo.
Em suma, com uma comunicação transparente, que traz à tona as suas políticas e atividades perante a sociedade, o seu jeito de ser, pensar e fazer as coisas, a organização adquire ainda mais respeito e destaque nos mercados em que atua.
Todas as respostas para uma Comunicação Corporativa eficaz estão na edição 2023, atualizada e revisada, do livro (em formato e-book) “Comunicação Corporativa – A comunicação transformada em valor”, e também disponíveis em palestras para sua organização.
Estou à disposição. Mantenha contato.
José Marcos Baddini, jornalista, gestor público pós-graduado em Direito Público Constitucional, Administrativo e Tributário
