Ryan Kainalo comemora vitória no Punta Rocas Open Pro, no Peru. Já no Circuito Nacional, Edgard Groggia comenta sobre nota histórica
Se na elite do surf mundial o Brasil domina o ranking, as demais categorias também seguem em alta na América do Sul. Na segunda edição do Punta Rocas Open PRO, realizado no Peru, o País ficou com o lugar mais alto do pódio em três das quatro principais categorias. Laura Raupp (QS Feminino), Heitor Mueller (QS Masculino) e Ryan Kainalo (Junior Masculino) conquistaram os títulos com alta performance e belas manobras. Para Ryan, foi ainda mais especial.
Aos 17 anos, Ryan Kainalo está prestes a ingressar no Challenger Series, no próximo mês, na Austrália, em busca de uma vaga na elite do surf mundial. Natural da região do campeão mundial Filipe Toledo, o jovem faturou o bicampeonato da categoria Junior, no Punta Rocas Open Pro, e ficou em terceiro lugar no QS. “Esse campeonato foi muito irado. Fiquei amarradão de poder ter vindo competir no Peru e, de quebra, vencer na Junior e terminar em terceiro no QS. O maior desafio foi encarar bateria por bateria, sem pensar na vitória lá na frente”, afirma o surfista, que chegou ao título com 15,70 pontos (8,83 + 6,87), superando Heitor Muller, que terminou com 13,23 pontos (7,23 + 6).
Além do Challenger Series, o atleta agenciado pela TheOne Management também vai encarar o ISA Games, nesta temporada. “Eu vou focar na medalha de ouro do ISA. Espero que eu consiga”, completa.
Quem também celebrou os resultados na competição foi a jovem Luara Mandelli. Aos 14 anos, ela terminou na terceira colocação do QS e em quinto no Pro Júnior. “Estou muito feliz. Como esse seria meu primeiro ano competindo os eventos da WSL, optamos por começar pelos que acontecerão no Brasil, mas, de última hora, houve uma mobilização para irmos. Punta Rocas é incrível. A onda é muito boa e eu pude competir com atletas experientes e que me inspiram. Esse resultado foi o melhor da minha vida”, completa.
Primeira nota 10 do novo Circuito Brasileiro de Surf
De olho no Challenger Series, assim como Ryan Kainalo, o surfista Edgard Groggia encarou a primeira etapa do Dream Tour, novo circuito brasileiro de surf, que foi disputado em Xangri-lá, no Rio Grande do Sul. Mesmo terminando na terceira posição, o paulista protagonizou um fato inédito: a primeira nota 10 da história da competição.
“Fiquei feliz pelo resultado, principalmente pela performance que eu tive. Até aquele momento [da manobra], o mar estava muito difícil e ninguém havia mandado uma manobra tão expressiva quanto aquela. Eu entendi o critério dos juízes, pois mandei um full rotation e, por já ter tido notas altas com aéreos, mas nenhuma assim, fazia sentido”, afirma Ed, que já vislumbra a sua participação no Challenger Series. “Agora tenho de descansar e ir para Austrália. Vai ser irado para lá. Tudo o que aconteceu aqui foi incrível”, completa.