SBIm inclui no calendário de vacinação para idosos a vacina de alta dose quadrivalente contra gripe
A SBIm, Sociedade Brasileira de Imunizações, acaba de atualizar seu calendário de vacinação para idosos (60+) com a recomendação de vacinação, sempre que possível, com o imunizante influenza quadrivalente de alta dose, principalmente para imunossuprimidos. Com indicação para a prevenção da doença causada por cepas de influenza A e B em pessoas a partir dos 60 anos de idade, a imunização de alta dose apresenta quatro vezes mais antígeno (componente ativo)1,2 e, por isso, fornece resposta imune superior contra os casos de gripe na população idosa, bem como apresenta benefícios contra as graves complicações da doença.3,4
A SBIm também orienta que, mesmo com a recomendação preferencial da vacina quadrivalente de alta concentração para o público elegível, caso não seja possível, é importante que as pessoas procurem a prevenção com qualquer outra vacina influenza disponível e indicada para a idade e/ou condição clínica.
A atualização de recomendação de uma vacina especial para idosos visa protegê-los ainda mais de uma doença que pode causar consequências graves e imprevisíveis,5 especialmente na população com 60 anos ou mais,6 uma vez que com o envelhecimento, o sistema imune passa por um processo natural de enfraquecimento, chamado imunossenescência.6
Como resultado desse declínio progressivo do sistema imunológico, o organismo fica mais suscetível a algumas doenças e infecções e pode também ocorrer uma diminuição da resposta vacinal.6 Como exemplo, um estudo demonstrou que idosos permaneceram com maior risco de AVC até 2 meses após uma infecção pelo vírus influenza, o vírus da gripe.7 Além disso, adultos com mais de 65 anos representam 9 em 10 óbitos relacionados à influenza e 63% das hospitalizações relacionadas à doença.8
Dra. Monica Levi
Presidente da SBIm e ex-presidente da Comissão Técnica para a Revisão dos Calendários Vacinais da Sociedade (2015 a 2023)
“Comumente, se pensa que a imunização é importante somente para bebês e crianças, mas a atenção à imunização das pessoas com mais de 60 anos de idade é igualmente relevante e manter o calendário em dia é uma prática de saúde fundamental nessa faixa etária”.
