Fintech AgroForte planeja movimentar R$ 200 milhões em crédito para produtores de leite e frango de corte, no PR e outros 5 estados
Em parceria com a agroindústria, mais de 10 mil pequenos e médios produtores rurais serão beneficiados com o crédito em 2023
Com movimentação direcionada para estados tradicionais na produção de leite, suínos e aves, a Fintech AgroForte estima avanço na busca por crédito, e investe no formato 100% digital. A previsão para 2023 é de que a AgroForte movimente mais de R$ 200 milhões, distribuídos para mais de 10 mil pequenos e médios produtores rurais, ligados às agroindústrias e cooperativas com operações centradas, principalmente, no Sul e Sudeste do Brasil. No Paraná, agtech já tem parceria com empresas como o Grupo Vibra, C-Vale, Avenorte, Levo Alimentos e Pluma.
Via aplicativo, o processo de acesso a crédito, neste formato, elimina todas as burocracias ao produtor, começando por dispensar a figura do avalista ou incluir a terra como garantia. Mas a inovação beneficia também se destinam à agroindústria, parceira da AgroForte, por meio da desoneração do balanço, a possibilidade de implementação de projetos estratégicos, avanço da produtividade e a fidelização do ecossistema.
Comparando o segundo semestre de 2022, com o mesmo período do ano anterior, a AgroForte avançou 113% na disponibilização de crédito para produtores rurais. O avanço é resultado da desburocratização, um processo que faz parte do nosso propósito. Gostamos e queremos gerar impactos positivos em toda cadeia produtiva. O acesso a crédito está ligado diretamente na transformação da vida de uma família, tornando-os ativos financeiramente e realizando sonhos. E ainda podemos impactar no desenvolvimento de uma região, levando alternativas econômicas, maior produtividade e mais negócios”, explica o CEO e sócio da AgroForte, Felipe Dávila.
A agtech trabalha com diferentes linhas de crédito para produtores de aves, suínos, ovos e leite, que podem investir em estruturas de produção, compra de animais, custeio e antecipação de recebíveis. Os produtores podem acessar de R$ 15 mil a R$ 500 mil de crédito, com diferentes prazos de pagamentos, variando de acordo com o segmento.
Os estados em que os produtores rurais poderão acessar crédito são: Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo. Além das agroindústrias parceiras da AgroForte no Paraná, o crédito também poderá ser acessado por produtores rurais ligados à Bello, Frango Pioneiro, Levo, Nater Coop, NovAmérica, Vigor, Primato, Somave, entre outras.
“Trabalhamos em parceria com essas indústrias, desenhando uma via de mão dupla. Conseguimos entregar fomento, com taxas competitivas e liberação ágil do dinheiro, e com isso, o produtor rural conquista maior produtividade, ofertando maior volume e qualidade à agroindústria”, detalha Carlos Eduardo Mascarenhas, CFO da AgroForte.
Leite
Em 2023 haverá uma força tarefa pela startup para estimular o acesso a crédito, de impacto e personalizado, por produtores de leite. “Há uma forte ineficiência no processo de obtenção de crédito, por parte do pecuarista que se dedica à produção leiteira. Temos que mudar essa realidade, inovando no processo de análise de crédito, e trazendo maior agilidade na liberação dos recursos” explica o CEO da AgroForte, ao sinalizar que buscam uma experiência completamente nova para o produtor de leite.
“AgroForte enxerga uma necessidade de ampliar o crédito para outras regiões que não avançam na produção leiteira, muito devido à falta de recursos ou pelas barreiras impostas pelas burocracias”, pontua o CTO da AgroForte, Gustavo Andrade.
O Valor Bruto de Produção previsto pelo Ministério da Agricultura e Pecuária para 2023, equivale a R$ 60,7 milhões na cadeia leiteira do Brasil, desse total, R$ 53,3 milhões estão concentrados em seis estados: Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás.
Segundo o IBGE no 4º trimestre de 2022 a produção de leite no Brasil foi equivalente a 6,23 bilhões de litros, volume 4,2% menor em comparação ao registrado no 4º trimestre de 2021. Outro sinal de que há necessidade de maiores investimentos na cadeia leiteira são as importações de produtos lácteos, que segue em alta.