Paraguai é o quarto maior destino importador de limões brasileiros, à frente da Rússia
Todo o trabalho de inspeção é feito in loco por auditores fiscais federais agropecuários (Affas) na Ceasa de Foz do Iguaçu (PR), garantindo hortifrutis de qualidade
O Paraguai recebe anualmente 3,8 milhões de toneladas de limões do Brasil, número que o coloca em quarto lugar neste ranking, atrás apenas da Holanda, que importa 102 milhões de toneladas; Reino Unido, com 20 milhões; e Espanha, com nove milhões. Atrás do Paraguai vem a Rússia, com 2,5 milhões de toneladas de limões importados do Brasil.
O processo de exportação para o Paraguai é realizado na fronteira com o país, em Foz do Iguaçu, em um trabalho conjunto dos auditores fiscais federais agropecuários com os profissionais que exercem função similar no país vizinho.
Boa parte da clientela da Central de Abastecimento de Foz do Iguaçu (Ceasa) é composta por consumidores paraguaios, visto que a produção paraguaia não atende à demanda interna, ou até mesmo em virtude da preferência pela qualidade dos produtos brasileiros frente aos similares paraguaios, demonstrando a relevância da Ceasa de Foz do Iguaçu, enquanto ponto de confluência e recepção de produtos oriundos de diferentes regiões do Brasil.
No total, foram exportadas 28 mil toneladas de produtos do Brasil para o Paraguai em 2022, de acordo com dados da Embrapa. O volume de produtos exportados para o Paraguai pode ser ainda maior, pois, de acordo com Portaria DRF/Foz do Iguaçu, esta modalidade de comércio praticado abaixo de dois mil dólares sofre interveniência apenas dos órgãos responsáveis pela fiscalização e certificação dos produtos hortifrutigranjeiros.
O auditor fiscal federal agropecuário (Affa), Adinan Galina, chefe do setor de vigilância agropecuária internacional do arco sul 2, em Foz do Iguaçu, explica a importância deste trabalho realizado pelos Affas no local. “Este trabalho tem uma importância muito grande para o fornecimento do Paraguai. Nossa atuação feita em conjunto com eles possibilita que os produtos cheguem o quanto antes ao Paraguai, garantindo a segurança alimentar e hortifrutis de qualidade”, explica.