Hamas publica vídeo de prisioneiro etíope-israelense mantido em cativeiro desde 2014

Vídeo divulgado pelo Hamas nesta segunda-feira mostra quem se supõe ser o prisioneiro Avera Mengistu perguntando por quanto tempo ele ficaria em cativeiro. (Screenshot/Times of Israel)

Divulgação das imagens ocorreu depois que o novo chefe do gabinete das Forças de Defesa de Israel (IDF) assumiu o cargo

Nesta segunda-feira (16), o grupo terrorista Hamas divulgou um vídeo que mostra Avera Mengistu, um etíope-israelense com problemas de saúde mental mantido em cativeiro desde 2014, ano em que foi capturado pelo Hamas depois de cruzar acidentalmente a Faixa de Gaza. Não há confirmação de quando o vídeo foi feito, se o vídeo é realmente autêntico ou se Mengistu ainda está vivo. 

A gravação foi compartilhada pela ala militar do Hamas, as Brigadas Izzadin al-Qassam, poucas horas depois que Herzi Halevi assumiu o cargo de chefe de gabinete das Forças de Defesa de Israel (IDF). O vídeo começa com uma mensagem das brigadas al-Qassam enfatizando o “fracasso” do chefe de gabinete anterior, Aviv Kohavi, “e suas mentiras para o povo e o governo com realizações imaginárias e delirantes”, e que “o novo chefe de gabinete [Herzi] Halevi deve se preparar para suportar o fardo dessa falha e suas consequências.”

Em resposta ao vídeo de Mengistu do Hamas, o gabinete do primeiro-ministro de Israel disse em um comunicado que “o Estado de Israel investe todos os seus recursos e esforços para devolver seus filhos desaparecidos mantidos em cativeiro à sua casa”, que “o Hamas está ocupado fazendo vídeos em vez de cuidar dos cidadãos da Faixa de Gaza” e que “é uma publicação maligna e desprezível”. O vídeo foi encaminhado para autoridades para que sua autenticidade seja checada. O irmão da vítima, Ilan Mengistu, não tem certeza de que o homem no vídeo é realmente Avera, apesar de suas semelhanças.

Atualmente, o Hamas mantém em cativeiro mais um prisioneiro, o árabe-israelense Hisham al-Sayed, que também teve um vídeo divulgado em junho do ano passado. Além disso, acredita-se que a organização terrorista também está mantendo os corpos de dois soldados IDF, Hadar Goldin e Oron Shaul. Apesar do governo israelense já ter tentado várias vezes fazer acordos com o Hamas para resgatar esses prisioneiros, ainda não houve sucesso.

André Lajst, cientista político e presidente executivo da StandWithUs Brasil, lembra que o Hamas é considerado um grupo terrorista pelas nações mais importantes do mundo, incluindo Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido, Israel, entre outros, e que “essa atitude vem a confirmar, mais uma vez, que o Hamas é uma organização terrorista que usa meios nefastos contra civis para espalhar o terror e tentar, de forma vil, se impor contra Israel. Enquanto o Hamas controlar Gaza, mais civis inocentes podem acabar sendo alvo de horrores, como aconteceu com Mengistu e al-Sayed”.


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