CRM-PR intensifica combate à violência contra médicos e alerta para aumento de casos no Paraná

Agressão aos médicos

O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) tem intensificado suas ações para enfrentar a crescente onda de violência contra profissionais de saúde no estado. Dados recentes revelam que, entre 2013 e 2024, o Paraná registrou aproximadamente 3.935 boletins de ocorrência envolvendo agressões a médicos, colocando o estado em segundo lugar no país em número absoluto de casos, atrás apenas de São Paulo.

Em resposta a essa preocupante realidade, o CRM-PR estabeleceu, em agosto de 2024, a Comissão de Prevenção à Violência Contra o Médico. Essa comissão tem como objetivo principal receber denúncias de profissionais que enfrentaram situações de assédio, constrangimento ou agressões físicas e morais no exercício de suas funções. Até o momento, já foram registradas oito denúncias formais, evidenciando a urgência de medidas efetivas.

O presidente do CRM-PR, Romualdo Gama, destacou a importância de uma atuação conjunta com as autoridades públicas para garantir a segurança dos médicos. Em reuniões com a Secretaria de Saúde de Curitiba e solicitações de agenda com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, foi enfatizada a necessidade de reforçar a segurança nas unidades de saúde, especialmente nas Unidades Básicas de Saúde do município.

A situação no Paraná reflete uma tendência nacional alarmante. Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) indica que, no Brasil, um médico é vítima de violência a cada três horas. Entre 2013 e 2024, foram registrados 38.092 boletins de ocorrência relacionados a agressões contra médicos em serviços de saúde públicos e privados. Os estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais concentram os maiores números de casos.

Diante desse cenário, o CRM-PR reforça a importância de os profissionais denunciarem quaisquer episódios de violência. As denúncias podem ser feitas de forma presencial na sede do conselho em Curitiba ou através do e-mail medicodenuncia@crmpr.org.br e do telefone (41) 3240-7800. A entidade assegura o sigilo dos denunciantes e oferece suporte jurídico e institucional para cada caso reportado.

A crescente violência contra médicos não apenas coloca em risco a integridade física e mental dos profissionais, mas também compromete a qualidade do atendimento prestado à população. É imperativo que sociedade, autoridades e instituições de saúde unam esforços para reverter esse quadro e garantir condições dignas e seguras de trabalho para aqueles que dedicam suas vidas ao cuidado do próximo.


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