Ausencia de ação do governo na educação paraense onera equipe pedagogica
Enquanto isso querem gastar uma fortuna em alugueis de equipamentos de informática
Nos últimos anos, escolas têm enfrentado desafios significativos na busca ativa de estudantes, especialmente aqueles que se encontram em situação de evasão escolar. Apesar das verbas milionárias destinadas para a educação durante a pandemia, muitas delas ficaram inutilizadas ou redirecionadas para compras de celulares e chips, deixando uma lacuna na prática pedagógica e no suporte às equipes escolares.
Um questionamento que tem ganhado força é: por que não utilizar esses recursos para fortalecer a atuação das equipes pedagógicas? Atualmente, pedagogos e outros profissionais da educação são obrigados a usar seus celulares pessoais e dados móveis pagos pelos usuários a serviço do estado,para realizar ligações a pais e responsáveis, já que muitas famílias não atendem os telefones fixos das escolas.
A busca ativa, fundamental para garantir o retorno de alunos à sala de aula, exige um esforço constante das equipes escolares. No entanto, a falta de investimento em ferramentas e recursos adequados acaba sobrecarregando esses profissionais. “Estamos utilizando nossos próprios celulares para entrar em contato com os pais, pois as famílias ignoram as chamadas do telefone fixo da escola. Além do trabalho emocional, estamos arcando com os custos financeiros dessas ações”, relata uma pedagoga da rede pública.
Especialistas defendem que a redistribuição de verbas paradas poderia resolver parte desses problemas. Investimentos na infraestrutura das escolas, como a aquisição de linhas móveis específicas para a equipe pedagógica, seriam um grande passo para profissionalizar e estruturar a busca ativa. Além disso, campanhas para conscientização dos pais sobre a importância da comunicação com a escola poderiam reforçar os esforços.
Enquanto isso, a realidade mostra que as equipes continuam a enfrentar desafios com recursos próprios, sem o suporte financeiro adequado. A pergunta permanece: se o dinheiro existia para apoiar a educação na pandemia, por que não investir em soluções que beneficiem diretamente os estudantes e os profissionais da educação?
