Controle sanitário do gado avança com farmácia bem estruturada na fazenda, dizem especialistas
O controle sanitário eficiente é essencial para o desempenho e lucratividade na pecuária, e contar com uma farmácia bem estruturada diretamente na fazenda pode ser um diferencial estratégico. Investir entre 3% a 5% dos custos de produção em saúde animal não é apenas recomendável, mas essencial para garantir altos índices de produtividade, afirma o médico-veterinário Felipe Pivoto, gerente de serviços técnicos da Vetoquinol Saúde Animal.
“O controle sanitário do rebanho é um dos principais desafios na pecuária. O clima brasileiro, por ser quente e úmido, favorece a proliferação de parasitas e micro-organismos que comprometem a saúde e a produtividade dos animais”, explica Pivoto. Estes parasitas e patógenos, que encontram condições ideais em diversas regiões do país, podem causar desde perdas no ganho de peso até surtos de doenças que impactam diretamente na qualidade da carne e na viabilidade econômica do negócio.
Para enfrentar esses desafios, Pivoto destaca a importância de manter uma farmácia veterinária na própria fazenda, equipada com medicamentos de uso frequente, antiparasitários e suplementos. Isso permite uma resposta rápida a infecções e parasitoses, além de facilitar a aplicação de tratamentos preventivos. O acesso direto a esses produtos evita atrasos no manejo sanitário e minimiza o risco de transmissão de doenças entre os animais.
A estruturação de uma farmácia não se resume apenas a estocar medicamentos, mas inclui também o controle de validade, armazenamento adequado e um calendário de vacinação e vermifugação. Essas práticas não apenas garantem a saúde do rebanho, mas também reduzem a dependência de produtos de última hora, que geralmente são mais caros e podem comprometer a eficácia dos tratamentos.
Em um mercado que exige cada vez mais qualidade e controle de procedência, a prática de manter uma farmácia na fazenda fortalece a sanidade do rebanho e permite ao pecuarista responder rapidamente aos problemas de saúde animal. “Além de garantir a produtividade, o controle sanitário bem feito é uma questão de segurança alimentar e um diferencial para a competitividade no mercado”, ressalta Pivoto.